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Lusitânia Angra Património Mundial-70
Sport Lisboa e Benfica-66
Foi mais um jogo de emoções fortes no Pavilhão da Cidade Património. Na terceira posição da tabela o Lusitânia não queria perder, mas antes vencer pela primeira vez o Benfica para a competição principal, isto depois de ter derrotado os encarnados na final da Taça da Liga. A equipa de Molinero entrou a matar na partida e, mesmo depois de um início a tremer, os verde-e-brancos passaram a liderar e chegaram ao fim do 1º período três pontos na frente. 21-18 marcava o placard. No segundo período só deu mesmo Lusitânia. O Benfica marcou apenas 5 pontos em dez minutos, enquanto o Lusitânia repetia os 21 dos 10 minutos iniciais.42-23 ao intervalo faziam antever uma vitória por larga margem, mas o jogo mudou de rumo. Sem acertar nas marcações, e falhando alguns lances, o Lusitânia permitiu que o Benfica se aproximasse, mas as boas exibições de Willie Taylor, Graham Brown e Jaime Silva permitiram ainda assim chegar ao período final a vencer por 14 pontos: 45-40. Nos últimos dez minutos é que quase se entornava o caldo, com os locais a relaxarem e, mais uma vez, a arbitragem tendenciosa a fazer-se sentir em Angra. 3 faltas atacantes muito duvidosas fizeram o Benfica quase alcançar a liderança do marcador e a polémica exclusão do base João Figueiredo deixaram a equipa de cabeça perdida. Mas apenas por alguns momentos, pois a serenidade permitiu que fossem 4 os pontos de vantagem a 1m 46 do final. Novo contra ataque benfiquista e um ponto apenas separava as equipas a 45 segundos do apito final. O Lusitânia soube aguentar a pressão e, mesmo com Brown a falhar dois lances livres, conseguiu subir a parada até aos 4 pontos da diferença final, carimbados com um lance de Jaime Silva. O treinador Manuel Molinero estava algo apreensivo no final, mas realçou a vitória da sua equipa…
A Rádio Horizonte Açores, num protocolo realizado com a Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo, vai receber as Danças, Bailinhos e comédias do Carnaval Tradicional da Terceira no Salão da Santa Casa da Misericórdia, em São Carlos, tendo já convidado todos os grupos para se exibirem naquele espaço a partir das 20 horas de Sábado, dia 17, e das 16 horas nos dias 18, 19 e 20 de Fevereiro.
A população da Ilha Terceira está assim convidada a assistir à exibição das Danças de Carnaval num espaço com capacidade para cerca de 1.200 pessoas sentadas. A entrada será gratuita.
A transmissão das Danças será efectuada em directo, como habitualmente, através da sua antena em 104.4 FM, e através da sua emissão on-line, que, pela primeira vez, além do som, terá transmitida a imagem em directo para todo o mundo.
Este evento é o primeiro de vários que a Rádio Horizonte levaré a cabo durante 2007, ano em que comemora o seu 20º Aniversário.
Palavras curtas e breves sobre o resultado do Referendo de ontem...
-A vitória do "Sim" à pergunta formulada foi clara e indiscutível. Felizmente Portugal, pese embora a elevada abstenção, deu hipóteses para que a legislação seja, no futuro, mais justa e menos disforme da realidade humana e nacional...
-A vitória do "Não" nos Açores é, para mim, irrelevante. Não creio que 30% dos eleitores representem a população. Os açorianos foram, isso sim, novamente irresponsáveis na hora de votar...
-Prezo especialmente o resultado da minha freguesia (Nossa Senhora da Conceição, Angra do Heroísmo), e ainda bem que é lá que voto: mesmo com alta abstenção (votaram 1077 de 3529 eleitores...), o "Não" venceu por apenas 16 votos (539-50,75% contra 523-49,25%)...
-Não me merecendo grandes comentários os resultados, à semelhança do que fiz durante a campanha, espero apenas que haja democracia na aceitação dos mesmos, e uma luta constante...no combate ao aborto ilegal, na consistência das campanhas sobre educação sexual, e no acesso de todos os estratos sociais a uma saúde com condições e justiça...
-Uma última referência para os dois jornais diários da Terceira, com destaque para as suas edições de hoje:
Traz na capa a notícia da vitória do "Sim", mas nenhuma referência às eleições no interior do jornal...possivelmente não houve tempo para tal...
Mostrou, no entanto, uma postura imparcial e de boa informação ao longo da campanha, o que só não resultou melhor porque o conteúdo de muitos dos escritos de opinião careceram de algum "sumo"...
Foi um exemplo claro de parcialidade. Mesmo sabendo-se que o título é propriedade da Igreja, não se compreende o ataque exacerbado aos apoiantes e movimentos do "Não", nem tão pouco a não-publicação de vários artigos enviados para a sua redacção... Foi um tal misturar competências e posições. Até ouvi, por brincadeira, que - nestes dias - o título deveria ter sido mudado para "aUNÃO"...
A primeira página de hoje, com uma "gorda" referência à pandemia que pode afectar os Açores e umas "letrinhas" a quererem esconder o título relativo à foto principal é uma clara prova da parcialidade (e até mau perder...) de que falei...
(Pequena entrevista ao vencedor, logo após a prova...)
Foi num ambiente de festa, e a fazer novamente recordar os saudosos tempos dos ralis de terra, que se abriram as hostilidades da época automobilística terceirense em 2007. Festa porque o Carnaval está aí à porta e a boa disposição vai perdurando nestas coisas dos motores. E recordando outros tempos porque, quer se queira ou não, os ralis são com terra, poeira, derrapagens e frio de mato…enfim, todos os condimentos que o Sábado proporcionou ali pelas “bandas” dos antigos “Caneleiros”. Foi então com estes motes (e continuando com linguagem carnavalesca…) que se arrancou para estreia da Taça de Ralis Ilha Terceira, competição pensada pelo piloto Olavo Esteves (que em boa hora se lembrou de preencher uma lacuna para os nossos pilotos…), e que ainda se fará disputar em mais três frentes, concretamente em Julho, Outubro e Dezembro deste ano.
O ambiente nas Quatro Ribeiras era, na manhã da prova inaugural da “Taça”, em tudo idêntico ao de qualquer rali: gente atarefada, público em correria, pormenores de última hora, e os eternos “eu nem treinei…”, “só passei duas vezes…”, “estes pneus não dão para isto…” ou outras frases que tais em que os “rallymen” são exímios. O programa da “festa” anunciava quatro classificativas (duas p’ra cima e duas p’ra baixo…), totalizando cerca de
O escalonamento da classificação fez-se logo de início. Impondo a tracção total do Subaru Impreza e uma condução isenta de erros, os irmãos Nuno e César Rocha venceram claramente a contenda, mesmo se na última PEC foi Marco Veredas o mais rápido. Aliás a oposição mais visível aos homens da “Auto Avelino” veio mesmo do estreante Saxo Cup vermelho (ex-Luís Cardoso), ocasionalmente navegado pelo experiente Tiago Azevedo.
A luta não existiu na prática, mas tanto Rocha se mostrou mais feito aos pisos de terra como Veredas arrancou aplausos em passagens de vontade. O elogio também assenta ao piloto que fechou o pódio: um primor de condução se vai mostrando Fernando Menezes, a tirar tudo que o Saxo-grupo N pode dar (e que rico pé esquerdo tem o volante do Ramo Grande…). A quarta posição final de Carlos Borges veio premiar um andamento muito seguro e eficaz, o mesmo sucedendo a Mário Garcia (talvez pelo sotaque de veraneio do navegador Tomás Pires…), que venceu, como se esperava, entre os VSH, e mostrou novamente o seu à vontade na terra.
Azarado, e por isso fora do Top-5, foi o veloz Jorge Rocha. Sem bons pneus de início atrasou-se com piões no troço inaugural, mas mostrou serviço na 3ª PEC, quase batendo Nuno Rocha, para terminar com novo deslize e a impressão de que lutaria com Veredas sem os percalços referidos. Manuel Bettencourt levou com suavidade o Saxo a um bom sétimo lugar final, batendo o fogoso Firmínio Mendes, que ficou com a “prata” entre os não homologados, embora a contas com um furo que o fez perder preciosos segundos. José Vieira não “passou cartão” a ninguém na caravana dos seis Clio 1200 (que se viu reduzida a cinco carros com o acidente de João Paulo Simões à 2ª PEC), e o veterano Pedro “CDS” Pereira estreou da melhor forma a filha Marlene a seu lado, fechando o lote dos dez mais rápidos.
Na luta particular dos Starlet Francisco Costa (que levou mais um irmão Rocha no lado direito do Toyota…) foi superior a Paulo Leal, mesmo se este se esforçou para contrariar tal resultado. Ricardo Moura, filho de Manuel Moura - o homem da Dyane, que bem se deve lembrar dos Caneleiros…-, estreou o potente Golf com o 13º lugar, na frente do “clã” Clio, formado por Rui Rocha (que, após a entrega de troféus, pediu - e bem - diplomas de participação para todos…), Sérgio Cardoso, José Silva e Francisco Carreiro. Infeliz foi Marco Sousa, que perdeu um lugar entre os dez primeiros com um problema eléctrico no Uno Turbo, ficando ainda assim à frente do Alfa Romeo 4WD de Carlos Andrade, do Micra guiado por Fernando Martins (numa não-inédita troca de irmãos ao volante…), e do Renault 9 Turbo de Ruben Almeida que foi, ao longo da prova, sofrendo várias alterações aerodinâmicas…
Pelo caminho ficariam ainda o Polo G40 de Artur Silva e o Clio de Emanuel Mendes (o “
Num cômputo geral a jornada agradou a todos, saindo a organização satisfeita pelo desafio que foi “circundar” as dificuldades e pôr de pé uma iniciativa de relevo, e que bem mostrou a vitalidade do desporto automóvel da nossa terra. Citando o Presidente do TAC, Gerardo Rosa, “O desporto nesta terra…é o automobilismo!”. E como me confidenciou, sorridente, o mentor da competição, Olavo Esteves, olhando a sala do Terceira Automóvel Clube: “A casa dos ralis é bonita cheia de gente…”. E foi mesmo uma boa maneira de começar o Carnaval…
Classificação Final Geral:
1º Nuno Rocha César Rocha Subaru Impreza 16.37,50
2º Marco Veredas Tiago Azevedo Citroen Saxo Cup 16.45,00
3º Fernando Meneses Lizuarte Mendonça Citroen Saxo VTS 16.52,50
4º Carlos Borges Fernando Mendes Citroen Saxo VTS 17.16,00
5º Mário Garcia Tomás Pires Peugeot 309 GTI 17.21,80
6º Jorge Rocha Paulo Jesus Citroen Saxo Cup 17.25,20
7º Manuel Bettencourt Sérgio Machado Citroen Saxo VTS 18.03,20
8º Firminio Mendes José João Couto Citroen AX TRE 18.03,50
9º José Vieira Duarte Silva Renault Clio 1200 18,09.00
10º Pedro Pereira Marlene Pereira Opel Corsa GT 18.26,80
11º Francisco Costa José Rocha Toyota Starlet 18.38,20
12º Paulo Leal Marco Pereira Toyota Starlet 18.52,20
13º Ricardo Moura Carlos Costa Volkswagem Golf GTI 18.55,10
14º Rui Rocha Fernando Pires Renault Clio 1200 19.02,80
15º Sérgio Cardoso Artur Dias Renault Clio 1200 19.13,80
16º José Silva Manuel Lemos Renault Clio 1200 19.15,50
17º Francisco Carreiro José Caetano Renault Clio 1200 19.32,90
18º Marco Sousa Miguel Bendito Fiat Uno Turbo 19.41,10
19º Carlos Andrade Francisco Santos Alfa Romeo 4WD 19.42,90
20º Fernando Martins João Silva Nissan Micra 20.39,40
21º Ruben Almeida Hélder Fagundes Renault 9 Turbo 34.45,60
Faz hoje dez anos que se realizou a Tourada dos Estudantes de 1997. A C.O.T.E. (Comissão Organizadora da Tourada dos Estudantes) era então formada pelo Presidente Luís Mendonça (Sopinhas) e os adjuntos Ricardo Silveira (Espírito), Miguel Azevedo (este vosso autor...) e Steven Vieira (que seria Presidente no ano seguinte). Completa então uma década a "nossa" Tourada...
É com uma imensa saudade dos bons momentos dessa altura que recordo os meses que antecederam aquele dia de emoções. Pôr na rua uma Tourada dos Estudantes é uma sensação que não se esquece. Assim como as amizades criadas são para a vida...
1997 foi um ano particularmente difícil para a Tourada dos Estudantes. Tudo porque o espalhafatoso cortejo não pôde, pela primeira e única vez na sua existência, atravessar o centro histórico de Angra do Heroísmo. As obras em curso do saneamento básico obrigaram a deslocar o desfile para um percurso entre a Guarita e a Carreirinha (com mais do dobro da extensão habitual...o que bem sentiram "na pele" os cómicos menos resistentes ao Arranhão...!), o que foi compreendido por todos, tendo mesmo o público acompanhado o seu desenrolar em grande número até às portas da Monumental "Ilha Terceira"...
Um cortejo divertido, onde marcaram presença de recordar o "strip-tease" da Twins, a recente abertura do "Modelo", o encalhanço do "Fernão de Magalhães" (apelidado de "Fernão Mangalhão"...), a Tasca "da Preta" da nossa conhecida "Néné", o lógico saneamento básico ou o baptizado do filho mais velho de D.Duarte de Bragança (carinhosamente retratado como "Dom Afonso de Santa Maria...Pico, Flores e Corvo"!...) antecedeu um espectáculo divertido com as habituais marradas e os muitos sustos a serem vistos por uma praça das melhores até então. Na parte "séria" destaque para a estreia no redondel do então muito jovem cavaleiro Tiago Pamplona, e para uma rija pega do grande amigo Marco Sousa (presidente da C.O.T.E. no ano anterior...), que nos dedicou (aos quatro) o intento, deixando na retina uma lágrima de união...
Desde o abrir das Construções às inúmeras e bem vividas Reuniões da Comissão, passando pelas preocupações inerentes a ter um divída (então...) de mil contos para pagar no dia, as aventuras da Volta à Ilha ou o aprimorar de números, temas, quadras e pormenores. Todos estes condimentos, ligados por uma amizade que não esquece, marcam quem por estas andanças passou e vai passar. Ainda e sempre viva no Carnaval de Angra e da Terceira, a tradicional Garraiada continua com pernas para andar, e a massa de juventude que nele tem "pegado" desde há alguns anos é disso prova. Com nostalgia, mas felicidade a cada cortejo que passa...Viva a Tourada dos Estudantes!
Era uma das mais polémicas personagens do "show-business" americano. Anna Nicole Smith, a eterna "Playmate" dos anos 90 foi encontrada morta há alguns dias, num hotel de Hollywood. A excêntrica ex-modelo e actriz fora notícia, há alguns meses, pelo nascimento de um filho e a morte do outro a três escassos dias de distância e dentro do mesmo hospital. A estranha tragédia aconteceu enquanto ainda recuperava do nascimento da filha, e tendo assistido à morte do seu primeiro filho, de 20 anos, Daniel Smith, vítima de ataque cardíaco fulminante. O final de vida abrupto da sensual loura causou surpresa nos "media"...e perdeu-se uma fonte de notícias bombástica e reluzente, para além de uma figura corporal condizente com esses atributos...
Afinal o meu espanto pela tomada de posição do Presidente do Governo em relação ao Referendo de Domingo tem mesmo razão de ser. A atitude de Carlos César, que considerei infeliz, é também ilegal ...foi violada a neutralidade e a imparcialidade a que o cargo obriga.
Faz-me lembrar aquelas declarações de Mário Soares aos jornalistas, à boca da urna, e aquando da últimas Autárquicas, quando apelou descaradamente ao voto no seu filho João para a Câmara de Sintra. Pois é, fica tudo mesmo assim...
Pormenores em www.tac.bz.
Não vou sequer criticar ou comentar a opção do nosso Presidente do Governo face ao referendo de Domingo. Até porque concordo com a maioria dos pontos de vista que Carlos César apresentou ontem. Não posso é deixar de ficar estarrecido pelo facto de o ter feito na qualidade de líder do executivo e, como tal, de representante soberano da região. Que há confluências e paralelismos entre o Governo e o partido no poder, isso eu já sabia...agora isto deixa-me um tanto preocupado.
É que já não bastava os do "outro" lado (que agora, a contas do referendo, sectarizou-se a sociedade em os do "sim" e os do "não"...) pedirem aos padres para falar no final das missas com os tementes fieis a Deus sobre a infamia de votar "sim". Agora temos também os "atribuidores" de subsídios a fazer das suas...
Será que a consciência individual (de cada um, caso não percebam...) anda assim tão enterrada na lama...?
É sempre com um orgulhoso tom de propriedade que falo da Tourada dos Estudantes. Os longos anos de ligação ao evento (pelos vistos ainda, embora noutra forma, em manutenção...) assim o obrigam e, no dia do espalhafatoso cortejo, o orgulho de (ainda e sempre) ser um dos "da Tourada" bate forte ao peito. Por hoje fica o link para uma primeira abordagem do jornal "aUNIÃO" à Garraiada deste ano.
E a frase de abertura do sempre "apimentado" Cartaz:
Se a dívida é Património
Angra está qu'é o Demónio...
PS-E este ano acho que houve "desempate" no número de autorias...
Faltam ainda alguns dias para o Referendo que tem (pelos vistos e quase unicamente...) sido figura grada aos olhos de todos nós e da Comunicação Social. Como já disse, escusei-me a posições públicas sobre o assunto, embora tenha já decidido em consciência o meu sentido de voto. E é mesmo um exame de consciência que proponho nestas linhas de hoje. Sem referência a opiniões alheias, sem influência do debate mais recente ou do artigo de opinião mais mordaz ou tendencioso. Apenas e tão só a nossa consciência de cidadãos, de filhos, ou mesmo de pais, numa tentativa (que poderá não ser vã...) de minimizar o sofrimento. Pois ele pode estar mesmo ali, à porta de casa...
Este é o boletim com que nos vamos deparar no próximo Domingo:
Atentem na pergunta que é formulada, sem a desmontar ou tentar refutar. Pensem apenas nas hipóteses concedidas actualmente a quem sofre. Apenas isso. Não é um apelo a nada, tão só um pedido à moderação...e a que votem.
O processo decorre há cerca de 10 anos nas barras do tribunal. Ontem a audiência no Tribunal de Ponta Delgada foi especialmente marcada por declarações contraditórias...
Sucedem-se a olhos vistos debates, intervenções e manifestações sobre as duas posições possíveis face ao referendo de Domingo. Como eu pensava, e ressalvo que praticamente não me manifestei sobre o assunto em termos de opinião expressa, extrapolou-se de uma consulta popular para um âmbito politizado onde, amiúde, muitos tentaram o protagonismo a todo o custo. Exagerou-se na abordagem à temática, extremaram-se posições e, à boa maneira portuguesa, assistiu-se à vulgar discussão (tipo cena de faca e alguidar...) já sem se pensar no que motivou toda esta encenação governamental: Por um lado tentar diminuir sofrimentos, por outro "tapar" a opinião pública com um único assunto durante várias semanas...Pelo menos isso foi já conseguido.
...o boato de que não podemos ter CD's gravados no carro é pura mentira.
Porque, quando a reprodução de um cd se enquadra no conceito de "cópia privada" e que, conforme é referido no art.º 81º, b) do Código dos Direitos de Autor e Direitos Conexos, não atinja a exploração normal da obra, esse tipo de cópia é consentido. Ou seja, se copiarmos um apenas e só para nós ou para um amigo e só tivermos uma ou duas cópias, seja no carro ou no bolso de trás, não há infracção. Agora se tivermos 40.000 cópias, enfiadas num saco preto, com respectivas caixas e capas sacadas da net, como fazem muitas pessoas duvidosas...aí talvez já haja um ligeiro problema de "exploração anormal da obra".
O boato (muito provavelmente) foi lançado por alguma editora, que se
lembrou que se calhar assim as pessoas copiavam menos CD's e compravam apenas os originais...
Atentem na Lei:
Código dos Direitos de Autor e Direitos Conexos
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Pois é...afinal...