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SEXTA-FEIRA À TARDE
“Corrida de Degraus” anima Algar do Carvão
O título deste post é exactamente igual ao que usei numa crónica para o "D.I.", aqui há uns cinco anos, quando o recém-promovido Lusitânia/Angra/Açores foi a Ovar bater a toda poderosa equipa campeã, então treinada pelo Prof. Jorge Araújo. Ontem a história repetiu-se, mas com os verde-e-brancos na condição de visitados
Foi, de facto, um grande espectáculo de basquetebol no Pavilhão Municipal de Angra do Heroísmo. 8ª jornada da Liga Portuguesa de Basquetebol e o Lusitânia a receber a invicta formação nortenha, detentora do título e ainda mais dominadora esta época. Pois enganaram-se todas as previsões vareiras e gerais, com a equipa de Manuel Molinero a mostrar uma atitude e uma maturidade que surpreendeu os comandados de Luís Magalhães. Os de Angra estiveram sempre no comando do marcador, que chegou a registar 18 pontos de diferença, e acabaram por vencer por um categórico 91-79, registando a equipa de Ovar a primeira derrota da temporada. Nem a arbitragem tendenciosa travou ontem à noite o Lusitânia Angra Património Mundial…
Willie Taylor foi o melhor dos locais, jogando os 40 minutos e averbando 20 pontos, e novamente o base João Figueiredo a ser o grande motor da equipa angrense, com 17 pontos e 8 assistências. Essenciais foram também os 15 ressaltos ganhos pelo excelente Mike Williams. No lado dos visitantes o destaque vai para os 18 pontos de Gregory Stempin e para a boa actuação de Cordell Henry. Mas a noite era mesmo do Lusitânia, e o treinador Manuel Molinero mostrava a sua satisfação no final da partida…e já antevendo o próximo jogo. Mas foi mesmo uma noite que valeu a pena!
Bem melhor que ser Presidente da República em Portugal é, pelo menos a constatar por aqui, ser ex-Presidente. Esses sim, vivem bem...
Já foi apresentada a edição 2007 do "Dakar", a prova rainha do todo-o-terreno mundial, que volta a ter o seu início marcado para a capital portuguesa. O "Lisboa/Dakar'2007" vai começar no dia 6 de Janeiro com duas etapas inéditas em território luso.
Pelo segundo ano consecutivo os concorrentes irão partir da capital portuguesa para uma maratona de 8696 quilómetros, 5010 dos quais cronometrados, ao longo de 14 etapas.
Os pilotos e motards irão realizar a primeira batalha nas duas especiais em solo lusitano, depois irão atravessar o Mediterrâneo e no continente africano percorrerão quatro países - Marrocos, Mauritânia, Mali e Senegal -, onde a classificação final será estabelecida após a etapa entre Tambacounda e Dakar, no sábado 20 de Janeiro. No dia seguinte, os concorrentes que tenham alcançado Dakar irão tomar parte no I Grand Prix do Lac Rose, uma corrida espectáculo organizada num circuito fechado na praia onde a tradicional cerimónia do pódio é realizada.
O Director do Euromilhões Lisboa-Dakar, Etienne Lavigne, fez a apresentação da prova, com especial realce dado às duas etapas disputadas em solo nacional, revelando que a especial Lisboa-Portimão terá 120 quilómetros cronometrados (num total de 495) e contará com um percurso inovador e inédito, que vai surpreender os concorrentes e o público. A etapa passará pelos concelhos de Alcácer do Sal e Grândola e para os espectadores serão instaladas 4 zonas de espectáculo (ZE) nos os locais privilegiados para assistir à passagem dos concorrentes. Em Alcácer haverá 1 ZE em Brejos da Carregueira; e 3 ZE em Grândola: Muda, Pinheiro da Cruz e Vale da Horta.
No dia seguinte, já nos concelhos de Portimão, Monchique e Silves, a etapa terá 60 quilómetros cronometrados em solo algarvio (num total de 500). Os milhares de espectadores que se espera afluam ao local terão outras 4 Zonas Espectáculo para assistir à passagem dos concorrentes: Em Portimão haverá 2 ZE, em Morgado do Reguengo e Morgado de Arge; em Monchique ficarão outras 2, situadas em Caldas de Monchique e Alferce. Devidamente assinaladas e com acessos que serão divulgados em breve, estas ZE são a opção mais segura e confortável para ver o Euromilhões Lisboa-Dakar 2007.
Nesta segunda etapa, realce ainda para o facto de não contar com a participação da categoria camiões.
Entre as 250 motos, 187 carros e 88 camiões que sairão de Lisboa, Portugal vai estar bem representado com um número que ascende agora a 40 pilotos (e co-pilotos). Veículos com as cores nacionais serão 28: 15 automóveis, 11 motos (dois em 2 quads) e 2 camiões.
Ainda não sei se poderei ir até à segunda etapa, mas da partida das viaturas em Belém é que ninguém me tira...!
Ele há, de facto, diferentes formas de ver as coisas. Atente-se no início da notícia relativa à prestação do Santa Clara, aquando da 11ª jornada da Liga de Honra, que o "Açoriano Oriental" publicou ontem:
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E vento e chuva e barulho para o coração.
E ainda não abanou de vez as estruturas, para que delas se solte o desgosto...
Vai subindo, em enlevo, a alma ao céu.
E ficamos nós, cá por baixo, meio perdidos, meio confusos.
E sempre com os olhos a brilhar...
A UMA RAPARIGA (Florbela Espanca)
Abre os olhos e encara a vida! A sina
Tem que cumprir-se! Alarga os horizontes!
Por sobre lamaçais alteia pontes
Com tuas mãos preciosas de menina.
Nessa estrada de vida que fascina
Caminha sempre em frente, além dos montes!
Morde os frutos a rir! Bebe nas fontes!
Beija aqueles que a sorte te destina!
Trata por tu a mais longínqua estrela,
Escava com as mãos a própria cova
E depois, a sorrir, deita-te nela!
Que as mãos da terra façam, com amor,
Da graça do teu corpo, esguia e nova,
Surgir à luz a haste de uma flor!...
E já fez (ontem) uma semaninha a nossa sobrinha mais nova. Está cheia de força e a comprovar, dia após dia, a robustez com que nasceu...assim como uma verdadeira atleta dos berços! Ainda por aqui não tinha passado uma foto da pequena, que aguardamos ansiosos conhecer pelo Natal. Até lá ficam as imagens...da pequena-grande Beatriz!
Pois é, amiga, nunca sabemos o que nos reserva esta vida. E nunca conseguimos acertar na forma certa de nos fazermos gostar e de o transparecer para os outros. Nem, se calhar, isso importa. Temos juntos um saldo tão grande de sorrisos e de afagos, de recordações e bons momentos que, por certo, podem minimizar as amarguras de um desgosto ou de uma realidade menos feliz. Pelo menos é assim que pensamos. E isso é comum a todos nós. Aos nossos, aqueles que queremos com mais afinco e sobre quem não admitimos que corra a mínima aragem agreste. E mesmo aos outros, anónimos que nos preenchem a vida com a visão mais ou menos clara dos dias. Não queria era escrever isto para ninguém, nem para os próximos nem para os afastados, mas é talvez a única maneira egoísta que encontro de reprimir as lágrimas e de relembrar a saudade de um beijo na testa a desejar tudo de bom. Há tão poucos dias. Um entre muitos trocares de olhos que apenas a cumplicidade permite, e aos quais nos habituamos como fazendo parte da alma. As sensações mais cruzadas atravessam-nos agora o coração, e nada do que for dito servirá para aliviar essa alma, de tão mal habituada vai ela ficando por saber gostar. Por encontrar, aqui e ali, pontos quentes que fazem reluzir noites e luas.
E, logo agora, que te brilhava sim a vida no olhar. Um olhar sempre atento e que também sorria. Como os afagos, as recordações e os bons momentos. As memórias de meninos, as descobertas de jovens, os obstáculos da idade adulta e a consagração como homens e mulheres. Enfim, a eterna dificuldade de tentar ser…como os outros, mas mais como nós. E de um misto de ternuras se formam as pétalas de uma flor que se chamaria amizade. E que nem foi preciso ir regando, pois aparecia naturalmente. Apenas aquecida pelo sol. Apenas refrescada pela água e sal de um mar que agora sentimos na cara.
E mesmo esse sol veio hoje cá abaixo visitar-nos
Pois é, amiga, e hoje nem esteve vento. Levou-te em descanso a Paz que te desejamos. Abraçou-te o destino, mas nunca com a força que vamos sempre sentir a pensar
OS AMIGOS (Eugénio de Andrade)
Os amigos amei
despido de ternura
fatigada;
uns iam, outros vinham;
a nenhum perguntava
porque partia;
porque ficava;
era pouco o que tinha,
pouco o que dava,
mas também só queria
partilhar
a sede de alegria -
por mais amarga.
Exposição colectiva com artistas residentes e convidados da Carmina Galeria, versando diversas vertentes das artes plásticas. Do desenho à arte digital, passando pela pintura sobre tela ou sobre madeira, fotografia, escultura, cerâmica, etc. Num convite à reflexão sobre o corpo do Toiro e todo o imaginário que o constitui, quer da parte do artista, quer da parte do público. Assunção Melo no catálogo da exposição refere que: “Desde as grutas de Lascaux, passando pelo toiro de Creta (Minotauro) até à arte de toureiro tipicamente ibérica, que o toiro tem assumido nas sociedades ocidentais um papel importante. Símbolo de poder, força e coragem, o toiro faz parte de um imaginário colectivo, cujo desafio tem sido o de entender a relação que, com ele, o Homem teima em manter.”
Para esta reflexão crítica e estética do “corpo do toiro”( “corpo” da física ou não), expressam-se Francisco Bernardo, João Miguel Borba, Ramiro Botelho, Mário Cabral, José Crúzio, João Cutileiro, José Espadinha, Dimas Simas Lopes, Meneses Martins, Rui Melo, Luís Meneses, Luz Monjardino, Hermano Noronha, José Nuno da Câmara Pereira, Manuel Policarpo, Cecília Ribeiro, Paulo Henrique Silva, Renato Costa e Silva, Florimundo Soares, e Nuno Velho.
A inauguração será no sábado, dia 18, das 18h00 às 20h30 e a mostra estará patente ao público até 21 de Janeiro de 2007.