Vai Sexta-feira para a estrada a prova rainha dos ralis açorianos. 41 anos depois do Fiat 1500 de Luís Toste Rego ter ganho a primeira edição da Volta à Ilha de São Miguel, o rali, que foi evoluindo gradualmente com o passar dos tempos, poderá este ano ter perdido brilho com a ausência de estrangeiros de renome mas, e a ver pelo palmarés recente, não é com nomes regiamente pagos que se tem atingido a clássica da Tronqueira em posição de ganhar a prova. Desde 2001, quando o tetra-campeão do mundo Juha Kankkunen passou pela ilha do Arcanjo, que nenhum dos “convidados” vence a prova. Nos dois anos anteriores (1999 e 2000) tinham sido Gregoire de Mévius e Markko Martin os primeiros da geral. Daí para cá Rui Madeira, que tentou vir aos Açores novamente este ano, venceu com o Focus em 2002, e depois só “deu” Fernando Peres. O piloto do Porto, já vencedor em 1994, 96 e 98, voltou a fazê-lo por três vezes, e é novamente apontado como um dos favoritos. Mas o rali deste ano reveste-se de várias lutas em perspectiva. O Nacional de Ralis está ao rubro, embora dominado pelo tri-campeão Armindo Araújo (que só não teve os pontos da vitória no Rali do F. C. do Porto devido a um erro do seu navegador, que os fez cair na tabela), vencedor do Casino da Póvoa e do “internacional” Rali de Portugal dos Algarves. Mas o líder da tabela é Miguel Campos que, no regresso às quatro rodas motrizes, vai evoluindo a preceito o Impreza N12 que escolheu para lutar pelas vitórias. E depois há o confronto com os pilotos locais, este ano “armados” com o que de melhor há, e que tentam sempre levar a melhor sobre a caravana do Nacional. Com Peres em clara baixa de forma no continente, é na prova açoriana que o actual campeão costuma brilhar em alto nível e, este ano com apenas um rali corrido nos Açores (depois de adiado o “Ilha Azul” e da anulação do “Ribeira Grande”…), terá de se haver com um determinado Gustavo Louro (que não guia em terra há um ano…) e com o veterano Horácio, ainda e sempre em busca do triunfo na “sua” Volta à Ilha (que já conseguiu por duas vezes, mas como navegador de “Larama”…). Já confirmadas há uns dias estão as ausências dos pilotos espanhóis que poderiam, embora a custo, dar um certo cunho internacional à prova. Mas que nada trariam (a não ser vários jornalistas do país vizinho…que desconfio em pouco abonariam a visibilidade da prova) em termos de lutas classificativas. Mas nem só de candidatos principais vai viver este SATA. Há vários nomes com credenciais para andar em ritmo elevado e, numa primeira recolha, espera-se muito de Paulo Pereira, Ricardo Moura, Vítor Pascoal (excelente segundo em Fafe…), Pedro Peres, Luís Pimentel ou Luís Rego. E, no campo das duas rodas motrizes, é certo e sabido que o pódio vai sair da luta cerrada entre Bruno Magalhães (totalista vencedor esta época), José Pedro Fontes e Vítor Lopes. Com Carlos Costa e Artur Tavares à espera de um descuido para aceder às “medalhas”. Logicamente que numa abordagem generalizada anterior à prova é impossível focar todos, até porque os pontos de interesse são em quantidade, pelo que ainda antes do rali haverá mais “conversa” sobre o tema. Para já fazem-se apostas, sendo que a luta será intensa em quase todas as categorias a correr, com visíveis vantagens para um público que, cada vez mais, vê no SATA a sua montra desportiva de eleição…coisa que muita gente desconhece. E quase sempre gente com responsabilidades…Posto isto e venha esse rali e toda a animação e cor que ele trará!
Terceirenses em prova
Gustavo Louro é o “ponta-de-lança” da selecção terceirense que vai ao SATA’2006. 30 anos depois da primeira representação do Terceira Automóvel Clube ao então Rali Internacional de São Miguel são cinco as equipas da ilha lilás a marcar presença. Gustavo Louro/Tiago Azevedo são favoritos naturais a vencer (será desta?...) o rali e partem com o número 9 nas portas do Impreza azul-turquesa. Ricardo Carmo/Rodrigo Ávila levam o “veterano” Impreza ex-Licas, com o número 27, e esperam aprender mais nesta nova incursão nos pisos de terra. Dois números depois (29) passam Hermano Couto e Nelson Dinis, que vão experimentar as reacções do Carisma GT na terra…mas já com os olhos postos na presença confirmada no Vinho Madeira, em Agosto. Manuel Lemos será, como habitualmente, o navegador de Gilberto Ferreira (32) na luta pela vitória na F2. E ainda estarão presentes dois dos pequenos Toyota Starlet do Troféu local, Paulo Leal (55) será navegado pelo micaelense João Tavares (ainda primo do homem que trouxe o Ascona 400 para as nossas paragens…), e Francisco Costa/Ricardo Rocha (56) vão à aventura de uma prova reconhecidamente dura.
As “Horas” do Rali
Quinta-feira, 29:
09.00/14.00 - Prova Teste – Santa Bárbara.
13.00/18.00 – Verificações Técnicas – Centrovia. 22.00 – Cerimónia da partida – Praça Gonçalo Velho.
Sexta-feira, 30:
09.45 – Partida – Ponta Delgada – Pr. Gonçalo Velho. 10.40 – 1ª PC – Candelária 1 (7,47 km) 11.06 – 2ª PC – Sete Cidades 1 (15,71 km) 11.49 – 3ª PC – Pico da Pedra 1 (10,78 km) 13.25 – 4ª PC – Candelária 2 (7,47 km) 13.51 – 5ª PC – Sete Cidades 2 (15,71 km) 14.34 – 6ª PC – Pico da Pedra 2 (10,78 km) 16.13 – 7ª PC – Marques 1 (14,99 km) 17.21 – 8ª PC – Lomba da Maia 1 (9,08 km) 18.09 – 9ª PC – Ribeira Grande 1 (16,36 km) 19,30 – Chegada – Ponta Delgada – Marina
Sábado, 1:
08.30 – Partida – Ponta Delgada – Marina 09.42 – 10ª PC – Achada 1 (7,52 km) 10.11 – 11ª PC – Planalto dos Graminhais 1 (21,78 km) 10.58 – 12ª PC – Tronqueira 1 (17,28 km) 13.41 – 13ª PC – Achada 2 (7,52 km) 14.10 – 14ª PC – Planalto dos Graminhais 2 (21,78 km) 14.57 – 15ª PC – Tronqueira 2 (17,28 km) 17.27 – 16ª PC – Marques 2 (14,99 km) 18.25 – 17ª PC – Lomba da Maia 2 (9,08 km) 19.13 – 18ª PC – Ribeira Grande 2 (16,36 km) 20.10 – Chegada – Ponta Delgada – Praça Gonçalo Velho
É a chamada ressaca das Festas. Acredito que muitos a tenham, e hoje a humidade terceirense resolveu atacar em pleno. Ontem foi ver toiros até estar o fogo no ar, e assim nos despedimos do São João...até para o ano! Mas, já ao final da manhã, estive na apresentação das Festas da Praia'2006...que Agosto está quase aí e esta gente não pára. Um programa recheado de boa música, com certeza muito boa comida e, a meu ver, a Praia a ganhar face a Angra na capacidade inventiva e de regeneração. Mas aguardemos pelo ano que vem. Não há competição nesta coisa das Festas, mas sempre a tendência de comparar. Que canseira!...
Nisse! E já há mais um DVD. Os "Fala Quem Sabe" lançaram o segundo volume (agora em formato duplo = 240 minutos) do que se espera seja uma vida longa de imagens e gargalhadas. À venda. Por aí...
Que a distância do Mar nos deixe saltar também a fogueira de dois corações pequenos e amigos. Com marchas ou martelinhos, alhos-porros ou flores de alfenim. É o nosso Santo. O padroeiro de noites em que os olhos brilharam até ser dia. Amor, também no São João...
Foi "apenas" assim que o quinto da ordem no passado dia 17, aquando da 1ª Corrida da Feira de São João'2006, galgou a trincheira, indo "enganchar-se" no burladero ao lado donde eu estava, e assustando de morte quem parava por perto. Depois correu meia praça dentro da dita trincheira, causando quase pânico nas diversas pessoas que foi encontrando, sendo que algumas delas resolveram atirar-se para a arena. Há mais sequências deste episódio, uma das quais deixa ver claramente a rebolera proporcionada pelo António Ponte e pelo Steven Vieira. Foi de rir!...
Um tanto infelizes duas partes da crónica de Fábio Vieira na edição de ontem (21 de Junho) do Diário Insular. Primeiro porque, e julgo tratar-se de um jovem estudante universitário (já confirmei, frequenta o 3º ano de Estudos Europeus...) no continente português (daí talvez a ânsia em abordar temática mundial num diário de consolidado âmbito regional...), começou o seu texto assim, e cito: "Já a algum tempo que escrevo para este jornal. Já a algum tempo que este jornal acolhe a minha escrita e publica sem atrasos, sem censuras e sem perguntas. Já a algum tempo que algumas pessoas acompanham aquilo que escrevo e por simpatia, acho eu na maioria dos casos, dizem que aprendem coisas novas sobre a Europa." Caro Fábio, quando utilizar o verbo "haver" (relativo a tempo neste caso...), não se esqueça do "h" inicial e do acentozinho no "a". E logo três vezes seguidas! E depois, porque finalizou assim, e volto a citar: "PS – São poucas a trocas de argumentos nas páginas deste jornal, mas são sempre muito interessantes. Não sei quem é o Sr Gustavo Moura e muito menos o JML. Nenhum deles precisa da minha simpatia mas gostei muito da resposta do JML aos argumentos, por vezes falaciosos, do Sr. Gustavo Moura. Parece que não é só o mar que nos separa de S.Miguel...". Caro Fábio, Gustavo Moura foi, durante longos anos, director do jornal "Açoriano Oriental", por acaso o mais antigo de Portugal, e é uma referência (positiva ou negativa, o gosto é de cada um...) essencial do jornalismo açoriano. Além de ser um articulista sensato e perspicaz...dos poucos que temos. Goste-se ou não, o respeito é imperioso. Quanto ao senhor "JML", que também desconheço quem seja, o facto de não assinar publicamente o que pensa e escreve num jornal impede-me de algum comentário...
De qualquer modo, continue a escrever e a divulgar as suas ideias no blog. Felicidades.
Nos últimos dias multiplicaram-se os comentários e previsões, por parte dos diversos "opinion-makers" do futebol português, relativamente à constituição e táctica da equipa que Scolari vai apresentar frente ao México. Logicamente alguns irão acertar na "mouche" mas, pensará algum deles que o seleccionador de todos nós, porventura, terá ouvido patavina desses mesmos comentários e previsões?...
Ao final da tarde de Segunda-feira correu-se e, para alguns, andou-se a primeira edição dos “Degraus d’Angra”. A prova, integrada no programa desportivo das Sanjoaninas’2006, consistia em percorrer a Passagem Silva Sarmento, que liga a parte superior do Jardim da cidade ao obelisco da memória, subindo todas as escadas existentes. Os concorrentes partiam, de minuto a minuto, em dupla, pelo que os que começaram pelo lado esquerdo devem ter subido 175 escadas, enquanto os do lado direito subiram mais um degrau, exactamente na secção onde o percurso se cruza, junto ao Tanque do “Preto”. Sendo uma primeira experiência não se aguardava grande número de inscritos, até porque as festas têm ainda muito para ver, e a caminhada prometia deixar “mazelas” nas pernas e articulações. Assim sendo a reportagem do evento pode ser personalizada ao máximo. O tempo de prova era uma incógnita, mas ninguém ficou indiferente à marca canhão do vencedor. César Romeiro (Núcleo Sportinguista), o jovem campeão terceirense de estrada em 2006, demorou (se é que se poderá chamar demora…) 1 minuto e 11 segundos (!) a alcançar a Memória, galgando degraus em excelente ritmo. O restante pódio foi para dois homens do Triatlo (a modalidade que melhor “abraçou” esta estreia…), Pedro Bartolomeu, o dominador das últimas épocas nos Açores, fez 1m 18, e o jovem Miguel Medeiros foi terceiro com 1m19. Até ao 5º lugar só houve triatletas do Terceira Automóvel Clube-Triatlo, com José Freitas em quarto e Rodrigo Ferreira em quinto. Vindo de pleno labor, o veterano Rui Borba foi o sexto, na frente do ex-judoca campeão Valter Braga, e de Paulo Mendonça, outro homem habituado a nadar e a andar de bicicleta, que empatou em tempo com o jovem Diogo Picanço. Em forma pelo basquetebol apresentou-se destemida a única concorrente feminina, Margarida Leonardo, que fechou os dez primeiros. A seguir ficaram os “passeantes” que se associaram à iniciativa. Jorge Azevedo, sem jipe nem moto, foi 11º, Duarte Rosa, assobiando calmamente ficou a seguir e, quando já se preparavam os atletas para regressar em grupo ao Jardim, surgiu um “aprendiz” de atleta. Com apenas 4 anos e 2 meses de idade, João Bartolomeu, o filho do campeão triatleta, foi encaminhado pelo percurso…e chegou lá cima mesmo a tocar os 4 minutos. E ainda ia bem fresco!
Em resumo foram alguns (rápidos) momentos bem passados, que se poderão repetir, espera-se que com mais gente, daqui por mês e meio, com a primeira edição dos “Degraus da Praia”, que deverão integrar o programa das festas concelhias da cidade vizinha. Os prémios da corrida serão entregues no Domingo, às 21 horas, no Adro da Sé.
E ontem à noite, finalmente, zarpou o “Ilha Azul” do porto de Ponta Delgada. Depois de inúmeras vistorias e de cerca de 20 dias de atraso, em relação à data inicialmente prevista. O navio de origem grega escolhido pela Transmaçor já saiu tarde dos estaleiros de Viana do Castelo, onde lhe foram feitas as modificações necessárias para navegar nos Açores. Inicialmente pagando 5 mil euros diários pelo atraso, a empresa a quem foi concessionado o transporte de passageiros e viaturas nos próximos anos, acabou por despender o dobro da quantia a cada 24 horas passadas desde o dia 11 desta mês, e enquanto a embarcação aguardava todas as certificações exigidas por lei. Cerca da meia noite, já desta quarta-feira, eram muitas as pessoas que, após serem contactadas pela Transmaçor, aguardavam impacientes no Porto Comercial da maior cidade açoriana, já que a viagem rumo à Terceira estaria prestes a começar. Até a banda de música teve direito o “Ilha Azul”, sendo que devem estar a respirar de alívio, tanto a administração da empresa, como os membros do governo sobre cujos ombros recai a responsabilidade desta decisão que começou com polémica e demorados recuos e atrasos. Mais descansados estarão já os muitos viajantes que, pensando no fim-de-semana, rumaram à Terceira, possivelmente para apanharem os últimos dias das Sanjoaninas. É caso para se dizer…já não era sem tempo! Apre!...
Foi aqui que tomei o primeiro banhinho deste ano. A foto foi enviada há pouco pelo meu colega Carlos Félix. Espero amanhã ou depois regressar a estas àguas. Deixem-no as festas ou as touradas...