A época taurina açoriana de praça começou oficialmente ontem. O Festival dos Forcados da Tertúlia Tauromáquica Terceirense foi integrado na Agroter’2006 e incluiu concurso para 6 ganadarias locais. Em praça três cavaleiros e o grupo organizador da festa, num evento que teve uma casa agradável numa tarde com algum sol.
O primeiro na arena da monumental Ilha Terceira tinha ferro “Rego Botelho” e foi lidado sem dificuldades por Carlos Alves. Para a primeira pega o cabo terceirense Adalberto Belerique, acompanhado na formação pelos seus antecessores António Baldaya e João Hermínio. Pegou, bem ajudado, à segunda tentativa.
A seguir correu-se o exemplar da Casa Agrícola José Albino Fernandes que viria a ser o premiado da tarde. Gilberto Filipe brindou a Rui Lopes e teve lide com altos e baixos. Na pega Marco Sousa foi firme na primeira tentativa.
O terceiro da ordem deu início à prova de praticante do jovem Rui Lopes, que alinhou bons pormenores. Frente ao bonito toiro de Ezequiel Rodrigues, Marco Fontes só se fechou à segunda, mas aguentou fortes derrotes laterais.
Depois do intervalo regressou Carlos Alves para uma sequência de ferros limpos, frente a opositor de Francisco Sousa. Jorge Ortins partiu determinado para a cara e lá se firmou na quarta pega da tarde.
O quinto da corrida foi de Humberto Filipe, tendo o cavaleiro Gilberto, e também Filipe, exagerado um pouco no estender do tempo em praça. Mostrando grande forma João Pedro Ávila quase saiu do toiro mas foi bem ajudado, depois de rija luta.
Para terminar, de novo Rui Lopes, talvez na melhor apresentação que teve, e um exemplar de João Quinteiro. Esteve bem o cavaleiro, e muito bem o forcado Leonardo, que se fechou com vontade para terminar a festa.
Em suma uma boa forma de começar a temporada, apenas faltando mais público, num espectáculo que serve sempre para abrir o apetite, pensando nas corridas da Feira de São João.MSA.
Nota: De referir ainda a sentida despedida do forcado Luís Filipe Cunha, um grande companheiro, e o mais antigo membro do grupo da Tertúlia em actividade. Despiu a jaqueta depois de quase duas décadas a defender a arte de pegar toiros. Um grande abraço, Luís!