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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

Nu e cru...

31.05.05, MSA
Hoje voltei a fazer parte dos muitos milhares de desempregados deste país. A raiva de como o processo (não) decorreu, impede-me ainda de escrever sobre o assunto. Mas a realidade, essa é incontornável. I'm out...

A Revolta dos Pastéis de Nata (RTP :2)

29.05.05, MSA
LFB.jpgAinda não apanhei nenhum programa desde o início (tem sido complicado...), mas prometo Sexta que vem ou Domingo estar alerta.
O que já vi diz tudo. O à vontade de Luís Filipe Borges cresce, as rubricas (já agora porque não discutir a forma como se pronuncia a palavra...ou outras como rostos, gostos, líderes e afins...?) de humor mordaz e inteligente, convidados bem escolhidos e que entram no espírito da "coisa" e um nome que (embora eu prefira os jesuítas da "Moura" de Santo Tirso ou as cornucópias do "Athanásio"...) tem interpretações giras. Vou ver se estou em Lisboa num fim-de-semana em que haja programa...e se "esgadanho" para arranjar lugar e ver ao vivo, eh eh!
Força com o projecto e um pontapé no tele-lixo que (ainda) nos invade!...

PS-Dá em directo às Sextas à noite (23h30 mais ou menos) e repete ao Domingo depois de "Futurama" (20:50 sensivelmente). Vale a pena.

A festa da Taça

29.05.05, MSA
38 depois o Vitória de Setúbal voltou a conquistar a Taça de Portugal. No Jamor o adversário foi o mesmo da última vitória (por 3-1): o Benfica.
Mais do que uma prova de que as ditas equipas pequenas jogam bom futebol, e este Vitória no início da época foi uma verdadeira dor de cabeça para muita gente, importa referir que as vitórias não se podem comemorar antes da hora. Esta final da Taça foi mais um bom exemplo...
O que me move para escrever isto nem é tanto (mas podia...) a derrota do Benfica. É que a Taça de Portugal é uma prova por eliminatórias e que atravessa quase toda a época, assim sendo, e como só duas equipa chegam à Final, houve muito boa gente a ficar pelo caminho...

Das nossas famílias...

27.05.05, MSA
Terceira-vista.jpgFruto de 40 anos de trabalho nos mais importantes arquivos nacionais, Jorge Forjaz e António Ornelas Mendes têm, pronta para publicar, uma edição monumental da sua investigação sobre as Genealogias da Ilha Terceira, região sobre a qual o único estudo que lhe foi dedicado - o «Nobiliário da Ilha Terceira» de Eduardo de Campos de Castro de Azevedo Soares (Carcavelos) - data de 1907.
Começando pelos primeiros povoadores, os autores desenvolvem até à actualidade as genealogias de centenas de famílias que, a partir da Terceira, se espalharam pelas várias ilhas dos Açores, especialmente São Miguel, Graciosa, Faial, São Jorge, Flores, pela Madeira e pelo Continente, distribuídas por cerca de 400 capítulos, subdivididos em 1.500 sub-capítulos, e com mais de 15.000 notas.
Para quem conhece dois dos anteriores trabalhos de Jorge Forjaz - "Famílias Macaenses" e "Os Luso-Descendentes da Índia Portuguesa" - as características gráficas serão em tudo semelhantes, constituíndo a principal diferença o número de volumes previsto - oito, com cerca de 750 páginas cada - que transformam este trabalho no maior estudo de genealogia alguma vez publicado em Portugal.
O custo estimado desta obra será de 350 euros, estando previstas várias modalidades de pagamento, incluíndo a repartição em seis ou doze prestações mensais.

Pelas suas características especiais, a tiragem será praticamente limitada aos subscritores, o que a transformará em pouco tempo numa raridade bibliográfica.

No sentido de avaliar o interesse do público em geral e dos genealogistas em particular, as Edições do Guarda-Mór lançaram uma pré-inscrição, sem qualquer compromisso, bastando preencher um formulário disponibilizado para o efeito. Podem aceder ao mesmo através do site www.genealogia.sapo.pt .

Um outro dia

27.05.05, MSA
Amanheceu. Ouvi pássaros mas não cumprimentei o Sol.
Esforço-me por lembrar o cheiro da manhã junto ao muro de pedra. Junto ao sal. Junto a um frio que os ossos recordam. Junto a um afagar de dia que só parava com o entardecer sobre as ondas...

A Volta ao Mundo em 80 dias.

26.05.05, MSA
Hoje revi o filme. Não com a mesma magia da primeira vez, nem por certo com a fantasia das páginas do livro de Julio Verne. Contudo David Niven e Cantinflas no seu melhor...

Ao bom jeito da SIC, a RTP-1 nem se dignou a passar a ficha técnica final do filme.

T.A.C. faz hoje 30 anos.

26.05.05, MSA
logo TAC.jpgComemoram-se hoje os 30 anos de existência do T.A.C.-Terceira Automóvel Clube. Constituído por escritura a 26 de Maio de 1975, em Angra do Heroísmo, o T.A.C. tem cinco sócios fundadores: Amândio Capitão Pastor, Joaquim do Carmo, Jorge Manuel Azevedo, Luís Braz e Luís Gabriel Martins, e tinha já, um ano antes da sua legalização – e segundo dados do Instituto Nacional de Estatística- 174 associados inscritos. É também dessa época o início da actividade do clube em modalidades como o Basquetebol, Andebol, Voleibol e Ténis de Mesa. Em Maio de 1975 o clube, em conjunto com a Associação de Desportos de Angra, organiza o “Primeiro Passo em Ciclismo” para, em Dezembro desse ano, levar a cabo a primeira manifestação “legal” da modalidade que levou à sua criação: o Automobilismo. Denominado “I Circuito do Cabrito", a prova alcançou grande sucesso, merecendo da Comissão Regional de Turismo da Ilha Terceira um voto de louvor pela sua realização, conforme ofício desse organismo datado de 16 de Janeiro do ano seguinte. Em 1976, com o apoio do T.A.C., houve a primeira participação de equipas terceirenses na Volta à Ilha de S. Miguel em automóvel.
Após a obtenção, junto do Automóvel Clube de Portugal, do título de Organizador de Provas (Alvará nº 50, de 31 de Março), o Clube organiza oficialmente o primeiro Rali, denominado “Rali Primavera”. Correu-se – e conforme se lembrarão os mais saudosos – a 31 de Março, 1 e 2 de Abril.
Participação na Comissão de trânsito da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo. Realização de programas de rádio como «Música na Estrada», colaboração com as mais diversas entidades em iniciativas de Prevenção Rodoviária, organização de provas automobilísticas no programa das “Festas da Cidade” (actuais “Sanjoaninas”) e colaboração com clubes de outras ilhas na organização de provas, são ao longo destes anos o grande contributo deste clube para o meio em que está implantado.
O T.A.C. organiza actualmente dois Ralis pontuáveis para o Campeonato Açoriano, o “Sical” (a prova mais antiga em Portugal com a mesma denominação comercial, que se corre desde 1982) e o “Ilha Lilás”, cuja primeira edição remonta a 1978 e que apenas não se disputou em 1980, o fatídico ano em que a Terceira foi assolada por um grande sismo. O calendário de provas já foi de três ralis anuais, de 1986 a 1992, número que teve de ser reduzido por questões financeiras, assim como passaram a asfalto os pisos das provas terceirenses, corridas em terra que foram até ao início da década de 90. O T.A.C. foi co-responsável pela construção de uma pista de Karting e foi o primeiro clube nos Açores a organizar provas de Todo-o-Terreno, modalidade em que foi também pioneira a sua representação no “3º Raid de Portugal” (Clube Aventura), em 1988.
O Clube, actualmente presidido por Gerardo Rosa, conta, para além da sua experimentada Secção Automóvel, com secções activas de Natação, Basquetebol, Todo-o-terreno e ainda Karting e Motocross. A sede do clube, sita à Avenida Jácome de Bruges – num dos extremos da cidade Património Mundial – é hoje ponto de encontro dos muitos amantes do desporto automóvel, bem como um centro de convívio com bom ambiente. Aliás o T.A.C. é ainda célebre pelas grandes festas de Carnaval e Passagem de Ano com que “recheia” a sua longa história.
Refira-se que os 30 anos do clube vão ser comemorados com um Jantar de Aniversário que se realizará na Sala Auditório Vitorino Nemésio do Hotel do Caracol, no próximo Sábado dia 28. Nesse jantar, a actual Direcção homenageará alguns dos sócios que, de diferentes formas, contribuíram para o prestígio do clube, homenagens que irão anteceder a actuação do grupo "Fala Quem Sabe...!".
Passadas três décadas de muita actividade e em que o clube esteve ligado a inúmeros eventos, e para os quais contou com a colaboração de centenas de sócios e simpatizantes, resta desejar que os próximos anos continuem a trazer alegrias e bons momentos a um grupo, actualmente com um misto saudável de juventude e experiência à frente dos seus destinos, que tem levado longe o nome da sua terra natal. Parabéns, T.A.C.!

PS- Eu sou o sócio nº 193 do T.A.C.-Terceira Automóvel Clube.

Diálogo a Quatro...

24.05.05, MSA
(há uns anos, no "Bar do Farragó", em Angra)

a- Não se pode...

b- Ninguém pode...

c- Quem é que pode?...

d- Mas se eu pudesse...

(as letras correspondem a cada um dos intevenientes da "conversa". Que se repetia vezes sem conta pela tarde fora...)

Um Poema para o dia 24 de Maio de 2005

24.05.05, MSA
FUGA (Lena d'Água)

deixem-me ficar aqui
dormir
e saber que o comboio me espera
no lago
no silêncio assombrado
dentro da boca
Partir
"poeticamente habitar"
comer a terra
e subir às árvores
no desespero da fuga
Estar só
com medo da solidão
E viver aí
saboreando o azedo visceral
da inquietude

Cantando o tempo e a vida. (crónica)

23.05.05, MSA

PaulodeCarvalho2.JPG Nem sempre o tempo e a vida nos deixam escrever quando queremos. Assim sendo e estas linhas vêm já com uns dias de atraso, e o mais curioso é que acabam por se referir também ao tempo e à vida. À forma de bem aproveitar o primeiro, de modo a passar com gosto pela segunda. Assim mesmo. Fez Sábado duas semanas que passámos mais de 24 horas sob o auspício da música. Tudo começou por um simples pedido de credenciação para as 24 Horas TMN, no Estádio do Dragão, que acabou por levar-nos aos caminhos mais "in" da jornada, onde a pompa e a parvoeira dão as mãos, mas sempre ao som da dita música. Sobre o certame quase escrevi falando dos Reammon, dos Xutos, de Gomo, dos Blind Zero ou do Pensador Gabriel. Mas acabei por não o fazer. Por falta do tempo que a vida vai consumindo. Pois foi já na recta final do evento, quando os N*E*R*D* aqueciam uma das suas últimas actuações, que nos pusemos dali para fora em busca de confirmar um gosto. E lá paramos, para os lados de Matosinhos, no renovado B-Flat (um dos pontos quentes do jazz nortenho e não só), onde iria actuar Paulo de Carvalho em jeito de Quinteto. Lá chegados, e perante alguma audiência e a quase totalidade das mesas reservadas, restava um cantinho (daqueles onde se vê tudo) com uma mesa alta e dois bancos. Parecia de encomenda. Depois da presença de um jovem esforçado (ainda em busca do timbre ideal, pareceu-me) a cantar Palma, Trovante, e passando brevemente por músicas de Vera Cruz, e eis que ia começar a função. Confesso que estava expectante, pois nunca vira Paulo de Carvalho ao vivo, e reconheço no cantor uma grande parte da nossa recente realidade musical. Lembro-me vagamente de o ver nas ruas de Angra, quando "Dez Anos" era o seu emblema em palco de roupa branca, numa altura em que actuou no teatro local. E o que vimos, ouvimos e sentimos (passando o tempo e crescendo em vida) foi um rol puro e solto do que se precisa para ser feliz. O cantor estava feliz em palco e o formato do espectáculo assenta-lhe como uma luva. Canta, toca e conversa com os presentes em tons de recado à alma e de nostalgia sem exagero. De argola prateada na orelha esquerda, e revelando saúde física e uma voz (diz ele e confirmamos) melhor que antes, o presente da noite foi passear um pouco por cerca de 40 anos de músicas, palavras e tanto mais. Do corpo do dito Quinteto faziam parte os seguintes músicos: Armindo Neves - Guitarra, maestro e autor de quase todos os arranjos tocados; Nelson Canoa - Piano, teclados e acordeão; Ruca Rebordão - Bateria e percussão; Nando Araújo - Baixo, e que cantou duas músicas de um trabalho em que revê a sua África natal; e Paulo de Carvalho que, relatando os dotes, mais do que cantor sou músico, toco voz. Do alinhamento da noite fizeram parte temas como O Homem das Castanhas, O Cacilheiro, Lisboa, Menina e Moça ou Os Putos - dos quais é autor embora muitos não saibam -; recuou-se aos anos 60 para um original dos Sheiks, que só agora ganhou vida; Nini dos Meus Quinze Anos e Dez Anos foram passagem obrigatória; Mãe Negra e os Meninos de Huambo foram entoados em conjunto com um público que queria tanto cantar; Gostava de Vos Ver Aqui - dedicado aos nossos "vizinhos" de mesa Maria João Abreu, José Raposo e João Baião, saídos do Sá da Bandeira depois de mais uma "Rainha do Ferro Velho" -; uns toques e retoques noutras composições de lembrar e, para encerrar com sentido e numa versão inédita, um E Depois do Adeus, apenas com voz e piano, que fez levantar mais ainda ânimos, vozes e emoções. Foram quase duas horas em intimidade com um cantor e autor que pugnou sempre por uma posição "à parte" do sistema contra o qual começou a lutar antes da Liberdade. Liberdade essa da qual diz estar alheada a música portuguesa, a tal que "de vez em quando até passa na Rádio". Polémico quanto baste e sempre presente na hora de dar as mãos por causas e fins meritórios, Paulo de Carvalho é um pouco a antítese da estrela, sabendo-se que no firmamento da nossa música o seu nome brilha com letras gordas. Logo para um autor que não gosta de "coisas balofas, rivalidades nem rótulos, que se cruzam todos os dias com o mundo do espectáculo". À minha Anita apenas respondeu, face a um "desculpe, que sei que é chato as pessoas quererem sempre falar com os artistas", depois de dois beijos, com um presente "Ah, mas isso é para os artistas, eu não sou artista". Ai, isso é que é, e bem o sentimos naquela noite em que o tempo e a vida correram sob o auspício da música, num daqueles fins-de-semana em que nos sentimos crescer. Já agora o espectáculo que, depois do B-Flat rumou ao À Capela” (Coimbra) e ao Speak Easy” (Lisboa), chama-se tão só "Vida". E é daqueles feitos à medida para qualquer um dos sumptuosos auditórios terceirenses.

O desporto tem destas coisas...

22.05.05, MSA
Três dias antes de se cumprirem onze anos sobre o seu último título o clube da Luz sagrou-se campeão. Não o fez aqui no Porto, mas sim ao longo do Campeonato onde soube ser menos mau que o outros principais intervenientes da competição mais pobre de que tenho memória. Não me vou alongar sobre o que nem quero comentar. Acabou o jogo no Dragão e vim para casa desgostoso com uma equipa que perdeu 24 pontos em casa e que, mesmo sem jogar nada que se visse, podia facilmente ter sido campeã. Mas o desporto é assim e nem vou invocar os "chavões" habituais para justificar este segundo lugar. Sei no entanto o que o causou...
Acho de muito mau gosto que os jogadores do clube da Luz vão desfilar pelo Porto. Acho de pior gosto ainda que selvagens de uma claque vão espancar e insultar adeptos adversários que comemoram a vitória do seu clube. Na minha óptica quem perde, nestas ocasiões e circunstâncias, não tem mais que fazer nas ruas. Se não quer (e eu não quis...) aplaudir os outros que se cale e não seja um mau exemplo. Não há paixão clubística que justifique ser-se uma besta...

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