No colo de um dia em estado puro corre a vida. Estende-se a uma onda que tarda em rebentar na terra firme. Na terra quente onde pulsam os sorrisos e as aventuras. Naquele espaço que quero partilhar com o coração. O teu.
Faz hoje um ano que te foste. Rápido demais e sem justa causa. Sem dar tempo para que nos conhecessemos melhor do que as nossas palavras o fizeram.
Sem veres avançar no tempo tanta coisa que sentias e respiravas com o brilho da alma de ilhéu-poeta.
Ficou por dizer a frase que iria resumir as noites de chuva e as tardes de sol. Ficaram perguntas no ar às quais nos respondes com memória e um vago espólio do tesouro que encerraste na timidez dos sérios.
Ficam máscaras por desenhar e que talvez nem o melhor dos retratos apanhassem: a do sal com ondas e a do fumo da paródia. Com um riso estridente que davam os outros e que tu guardavas sem adjectivos de especial emenda.
Ficou um abraço distante por apertar e a saudade de espuma...
"Artur Jorge expulsou ontem o médio Jean Makoun do estágio da selecção dos Camarões. O treinador português, que prepara o jogo com o Sudão, para o Grupo 3 de qualificação da Taça das Nações Africanas e do Mundial-2006, não perdoou o atraso de 30 minutos do jovem, de 21 anos, jogador do Lille". Ai se o rapaz tem o feitio do Sá Pinto...
Por directo efeito de ser filho, neto e bisneto de diabéticos não vou muito em doces. Raro é comprar um bolo, menos raro cair na tentação de uns quantos rebuçados, mas de bolachas ai, isso sim, gosto mesmo. Hoje comprei um pacote das melhores (e mais vendidas...) bolachas do mundo: as OREO. Com reminiscências à minha mais tenra infância, e à de muitos terceirenses por certo, está o sabor do creme branco e o doce-amargo do escuro chocolate. Na lembrança de dois dos sentidos (tacto e gosto) está a forma mais "correcta" de as comer, assim como presentes estarão vários "enjoos" por abuso nas doses...ou pacotinhos! E tudo parecia correr em carril de "candim" até meter a primeira à boca... Onde estão as bolachas OREO? Que coisa sensaborona e artificial é aquela que utiliza (e destrói...) a imagem azul, castanha e branca que o "BX" fazia chegar às nossas casas e anseios? Nunca os senhores da Nabisco/Artiach irão ler isto, mas que fiquei a meio do pacote (há sempre que comprovar...) fiquei. Blargh!
Não sei bem como partilhar este "mix" de sensações...mais um. Reclama o corpo o descanso dos justos. Reclamam os sentidos que os encha de cores e paixões. Reclama o horário por não dar para tudo. E reclama o espírito por se sentir a inchar. De saudades e atenções. É assim quando não se trabalha de tarde e está sol...
nem consigo. Se há alguém que concorde com as expulsões de McCarthy e Seitaridis e ache que, com elas, não houve intenção clara de prejudicar os campeões nacionais, então essas serão as pessoas ou adeptos que gostam de ganhar nem que seja "levados" ao colo. Os castigos aplicados à equipa do FC Porto após o jogo com o Sporting são o cúmulo do ridículo e do tendencioso. Assim não, assim não. E a melhor sorte para o Sporting na Taça UEFA.
Soube um dia, há idos anos, que uma Alma, nortenha e fugidia, tinha em tempos passado pla Presença, onde tantos dedos célebres, de acérrimos defensores de direitos e poder, pintaram as letras da cor-do-Mundo.
Certa noite, em Descoberta, mergulhei, em Livro de Bordo, num mundo de sonetos e rimas, cujas paragens ou simples cais de descanso, cujas mensagens ou simples marés em balanço, me fizeram por vezes tremer, em nome dos Cabos das Descobertas que em mim já tinha feito.
Lembro então uma visita, ao quarto ano de vida, e que o escuro da memória só deixa passar em imagem, em que a Forte figura lá estava, um tanto acabada, mas bela, imponente e barbada, pela cintura, e em mim subiu ao coração Linhas e letras de folhas, amarelas pelo tempo, li e reli desde então Um forte impulso de querer virar o tempo é a linha constante e a fusão Do amor pelos outros com a
incompreensão... o reconhecimento das obras, não é nunca, por si só, o verdadeiro indício daquilo que um Homem vale. Vou querer-te sempre, como foste Tio António de Portucale
Porto, 26-OUT-1998
(Este Poema escrevi-o em lembrança do meu Tio-Avô materno António de Sousa. Um dos Homens da "Presença" e um dos menos lembrados geniais peotas deste país...)
Já sentiram uma espécie de posição de ponto-morto no cerne da alma? Naqueles minutos ou instantes em que temos a mente a ferver tanto que o "sistema" desliga automaticamente...? Ou muito me engano ou tenho de ir ver o Mar nas próximas horas. Vá lá que está perto...
Mas que sei eu das folhas no outono ao vento vorazmente arremessadas quando eu passo pelas madrugadas tal como passaria qualquer dono? Eu sei que é vão o vento e lento o sono e acabam coisas mal principiadas no ínvio precipício das geadas que pressinto no meu fundo abandono Nenhum súbito lamenta a dor de assim passar que me atormenta e me ergue no ar como outra folha qualquer. Mas eu sei que sei destas manhãs? As coisas vêm vão e são tão vãs como este olhar que ignoro que me olha
Hoje o Porto acordou triste e cinzento. Acabrunhado. Mesmo para os que não estiveram com os olhos e os ouvidos postos no Giuseppe Meazza. Começa a incomodar-me vir aqui partilhar as agruras e tristezas dos dragões. É o desporto...
Por conta da reportagem do Rali Casino da Póvoa passámos duas noites em Rossas (obrigado, Rui), uma pequena freguesia do lindíssimo Concelho de Vieira do Minho. Um sítio onde se cumprimentam as pessoas pela manhã e se ouvem os passarinhos em visitas de ocasião aos parapeitos da janelas. Uma pequena terra onde a pedra das casas está ainda impregnada de pureza e onde se cheira o sossego a cada inspirar. De lá, Rossas fica a cerca de 11 kms de Vieira do Minho, aos outros lugares de beleza que a rodeiam a viagem é um alívio do pára-arranca do caos da cidade. Mais do que nunca acredito na inutilidade que é viver nas grandes cidades. Mais do que nunca aproveito estes fins de semana de rali para respirar o que não se consegue de Segunda a Sexta: a paz. Chegado ao Porto, e logo curioso de conhecer mais sobre aquelas bandas, encontrei esta linda imagem de Guilhofrei (também o nome de uma das classificativas do rali...) da autoria do João Lavadinho. Exactamente o mesmo que nos fornecia as fotos do Gustavo aqui há uns tempos. Os ralis e as paisagens, sempre juntos...
Na Sexta-feira,11, à noite, estive na Póvoa de Varzim no início do Nacional de Ralis, competição que cubro desde 2002 para o jornal terceirense "aUNIÃO". Assim sendo desconheço qualquer jogo de futebol que tenha acontecido em tal data. Pelo menos entre as 20 horas de Sexta e as cerca de 2 da madrugada de Sábado, hora a que seguímos rumo a Vieira do Minho, zona onde se disputou o segundo dia do Rali. Nos acessos e interiores das classificativas escusei-me a olhar para qualquer coisa semelhante a um jornal desportivo. Nos cafés e restaurantes julgo que não havia televisão...