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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

Um Poema para o dia 12 de Abril de 2004.

12.04.04, MSA

UMA AMIGA (Antero de Quental)

Aqueles que eu amei, não sei que vento
Os dispersou no mundo, que os não vejo...
Estendo os braços e nas trevas beijo
Visões que à noite evoca o sentimento...

Outros me causam mais cruel tormento
Que a saudade dos mortos...que eu invejo...
Passam por mim...mas como que têm pejo
Da minha soledade e abatimento!

Daquela primavera venturosa
Não resta uma flor só, uma só rosa...
Tudo o vento varreu, queimou o gelo!

Tu só foste fiel - tu, como dantes,
Inda volves teus olhos radiantes...
Para ver o meu mal... e escarnecê-lo!

O Sol fora de tempo...

12.04.04, MSA

O Sol paira sobre o país, ainda a recuperar das Amêndoas e das "Operações" Páscoa, como um ente estranho e fora de tempo...
Tenho uma relação estranha com o Sol. Se, por um lado, adoro senti-lo na pele, que o destino quis fosse alva e chata de bronzear, por outro tenho a impaciência latente de nunca o "apanhar" por muito tempo seguido. Aborrece-me também vê-lo entrar, sem pinga de vergonha, pelas janelas e cortinas entreabertas. Será então uma relação mais de amor do que de ódio. Sem dúvida. Mas nada que um pequeno estore e os óculos escuros não possam aliviar...

Não me quero habituar a sofrer...

10.04.04, MSA

Ricardo Carvalho

 

Esta tarde sofri no Dragão. Já tinha sofrido há duas semanas contra o Moreirense. A equipa continua a jogar "muito" futebol, face à pouca qualidade dos adversários, que se limitam a "cortar" o fio de jogo e a defender a todo o custo. Mas a verdade é que não marca. A McCarthy falta-lhe o "faro" de ponta-de-lança, a Maciel parece faltar-lhe a objectividade de outros dias, o meio-campo embrulha-se demasiado e acaba por cair no erro dos passes longos e pelo ar. Assim sendo, este "Porto" de Mourinho, sem dúvida a maior fonte de alegrias que Portugal tem tido nos últimos meses, acaba por ver-se aflito e desconcentrado para fazer o que é óbvio: Ganhar porque é superior.
Não sou especialista em Futebol mas...não me quero habituar a sofrer!

?

10.04.04, MSA

A Coligação Açores

 

Estarão mesmo muito felizes? E serão mesmo "Todos pelos Açores"?

Onde me podem ler?

10.04.04, MSA

É bem simples de adivinhar: Aqui mesmo! Estou a brincar...isto é só uma experiência a que já me estou a afeiçoar (ainda não tem uma hora...) demais... Semanalmente tenho a minha crónica "Do Porto das Pipas", no diário Angrense "A União" (www.auniao.com), crónicas essas que publico também na minha coluna em www.azoresdigital.com -o jornal online da firma Via Oceânica-, paralelamente, e por vias da minha grande paixão pelos automóveis, tenho uma crónica ocasional nos sites www.altarotacao.net e www.tac.bz (o site do Terceira Automóvel Clube) chamada "Barro Vermelho". Ainda nessa área faço a cobertura das provas continentais do Nacional de Ralis para "A União" e também para o Rádio Clube de Angra, onde já fui jornalista. Ufa! Por hoje chega!

da crónica passada...a homenagem.

10.04.04, MSA

"O Rui Rodrigues deixou de fazer reportagens. Deixou de escrever as coisas onde escondia a ternura que lhe ia na alma. Deixou tão só um lugar, que tão só dele, nos fazia duvidar se, de facto, queria que conhecêssemos melhor. Esquivava-se ao sol ou à lua por obras de um pensamento que o quis modesto e amigo dos seus. Sabíamos que tinha as suas marcas e amarguras. Que aprendera a viver com elas e que, pelos intervalos das montagens de mais uma “peça” de informação diária, se criavam recados ao futuro e ao passado. Deixando sair segredos e fazendo crer que abria um pouco a porta ao tal lugar tão só dele. E tão só nosso que o desconhecíamos, afinal…"

Miguel de Sousa Azevedo ("A União" e www.azoresdigital.com)

Fez ontem 92 anos...

10.04.04, MSA

...que nasceram as mãos mais suaves e quentes. As mãos que cozinharam as músicas e tocaram os doces. As mãos que nos afagaram e fizeram rezar. Essas mãos que nunca deixo de sentir.

Um Poema para o dia 10 de Abril de 2004.

09.04.04, MSA

TERNURA (David Mourão-Ferreira)

Desvio dos teus ombros o lençol
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do Sol,
quando depois do Sol não vem mais nada...

Olho a roupa no chão: que tempestade!
há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
em que uma tempestade sobreveio...

Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...

Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!

Vamos a ver se dá

09.04.04, MSA

Já tinha decidido não "entrar" por esta moda (ainda é moda?...) dos blogs dentro... Mas o meu amigo Bettencourt encarregou-se de me (re)despertar a vontade de ir escrevendo pelos dias... Vamos a ver se dá...
(Posso referir que esta já é a segunda vez que publico os posts do dia da estreia. Havia um pequeno pormenor a corrigir...mas o Bettencourt tratou de tudo!...)