Operação Natal.
Porque há sempre uma altura do ano em que fazemos um balanço de toda a nossa atividade. Por hábito, por inerência, por nostalgia, é no Natal que costuma calhar essa apresentação pessoal de cont(r)as. A que se seguem novos propósitos, inéditos projetos, visões premonitórias de um verão que vem longe e, bem lá por dentro, uma saudade imposta pelo passado recente.
Afinal, e até por uma questão cultural, é neste tempo de solidariedade - uma coisa que nunca compreendi em pleno, mas... - que tantas vezes se tentam orientar os caminhos e aligeirar as ideias. Pessoalmente, e para lá da ingestão de algumas (ou muitas) calorias a mais - e falo no final de um ano onde atingi um peso físico inaudito... -, o Natal acaba por ser uma regressão constante, assim em jeitos de recalcamento, mas sem o teor negativo que qualquer um dos sentidos possa albergar.
Para lá ainda da febre consumista, esboço um sorriso premente, num misto estranho de consciência tranquila e de coração apertado. Mas isso até já vinha de outras Consoadas...