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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

Moura no regresso do WRC a Fafe

26.03.12, MSA

Ricardo Moura a saltar na Pedra Sentada...

Foto: Manuel Bessa Carvalho

 

Foi uma tarde de profunda nostalgia e animação, a do passado sábado em Fafe, com os “artistas” do WRC a regressarem à localidade nortenha para uma super-especial integrada da edição 2012 do Rali de Portugal. O evento juntou perto de 100 mil pessoas, que vibraram com as passagens dos vários concorrentes, entre os quais esteve o campeão português e açoriano, Ricardo Moura. Muito aplaudido pelo imenso (e intenso…) público presente, Moura acabou por assinar a décima posição final,
sendo o segundo entre os carros de Produção, atrás de Miguel Campos, que também correu num Mitsubishi Lancer EVO9.

“Foi uma grande emoção estar num cenário destes, com tanto público e tanta animação. É muito bom para os Açores estar presente e temos de agradecer a quem permitiu este acontecimento”, disse Moura após uma das três passagens, nas quais foi sempre melhorando o seu tempo, guiando de forma muito generosa e sendo dos mais espetaculares na encurtada versão do “mítico” troço de Fafe/Lameirinha. O piloto micaelense não utilizou o habitual Lancer “Açores”, tripulando outro dos carros da sua estrutura, mas aproveitando “para efetuar algumas alterações no setup que nos permitiram tirar ilações para as opções técnicas no Rali de Portugal”, explicou.

Da curva da Ermida ao cruzamento do Confurco, desembocando em alta velocidade no salto da Pedra Sentada, as imagens do certame foram também seguidas por muitos milhares pela transmissão televisiva, num episódio que poderá ter contribuído de forma clara para um regresso futuro do Rali de Portugal ao norte do país. A forma efusiva como muitos dos pilotos encararam a pequena prova, demonstrou bem o empenho que todos colocaram na sua presença, ao qual não estará ausente o “peso” daquela classificativa, uma das mais marcantes do circuito mundial dos ralis de há uma década.

Com a denominação de Rally Sprint, os 6,3km do troço de Fafe começaram por ser liderados por Jari-Matti Latvala (Ford), com 3m47,7s na primeira passagem, deixando Nasser Al-Attiyah (Citroen) a 5,1s no 2º posto. Ott Tanak (Ford) foi o terceiro e Armindo Araújo (Mini) o quinto. Na segunda manga Petter Solberg (Ford) colocou o Fiesta WRC no topo da tabela de tempos, com Daniel Sordo (Mini) a ser o segundo e Thierry Neuville (Citroen) a fechar o pódio provisório. Armindo Araújo foi quarto, na frente de Jari Ketomaa (Ford). Na passagem final a vitória foi disputada de forma renhida, com Petter Solberg a bater Sebastien Loeb (Citroen) por apenas dois centésimos de segundo. Sordo conseguiu colocar o Mini da Prodrive no lugar mais baixo do pódio, e Nasser Al-Attiyah foi o quarto na frente de Ott Tanak.  Armindo Araújo acabou por ser sexto, mas sem dúvida foi o mais aplaudido da tarde. O Rali de Portugal inicia-se quarta-feira, no Algarve.

 

Classificação final:

  1º Petter Solberg / Chris Patterson                Ford Fiesta WRC - 3m42,144s
  2º Sebastien Loeb / Daniel Elena                   Citroen DS3 WRC - a 0,020s
  3º Daniel Sordo / Carlos Del Barrio                Mini JCW WRC - a 2,372s
  4º Nasser Al-Attiyah / Giov.Bernarcchini     Citroen DS3 WRC - a 3,636s
  5º Ott Tanak / Kundar Sikk                               Ford Fiesta WRC -a 6,638s
  6º Armindo Araújo / Miguel Ramalho            Mini JCW WRC - a 7,959s 

  7º Jari Ketomaa / Mika Stenberg                    Ford Fiesta WRC - a 10,914s
  8º Martin Prokop / Zdeneka Hruza                 Ford Fiesta WRC - a 15,974s
  9º Miguel Campos / Paulo Babo                     Mitsubishi Lancer EVO9 - a 16,037s
10º Ricardo Moura / António Costa                 Mitsubishi Lancer EVO9 - a 22,051s


PS-Sem ser possível a desejada deslocação a Fafe, o acompanhamento da SE de Fafe foi feito pelo direto da RTP-2, onde os comentários conhecedores do jornalista António Catarino “salvaram” de alguma forma a emissão. O pivot de serviço, Paulo Solipa, e um repórter de ocasião no final do troço, assinaram uma “atuação” descabida e desprovida de saber, passando uma ténue imagem do que deve ser um jornalista dos desportos motorizados. Concluída a experiência, esperamos que ainda se vá a tempo de “corrigir a mão” para as transmissões agendadas do Rali de Portugal 2012. É que a coisa roçou o mauzinho, salvando-se as excelentes imagens e o ambiente festivo que, felizmente, nos entraram casa dentro…