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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

SE Serra Cume: E Marco Veredas venceu!

01.11.10, MSA

Marco Veredas e Tomás Pires acabaram por vencer... 

Foto: Ricardo Laureano/RL photo

Conta-se em breves palavras a história da terceira e derradeira prova do troféu de super-especiais que comemorou os 35 anos do TAC, e que juntou cerca de vinte equipas no percurso ascendente do troço Fontinhas/Serra do Cume. Nas duas passagens cronometradas, foi visível a superioridade de Hermano Couto e Nelson Dinis que, com dez quilómetros contabilizados, “abriram” um fosso de 18,7 segundos para Marco Veredas/Tomás Pires, cujo Saxo Cup foi incapaz face aos (muitos) cavalos do Lancer EVO8. Acontece que, no final, e numa atitude precipitada, a experiente dupla do Mitsubishi retirou o carro do parque fechado antes de esgotado o tempo regulamentar. O resultado foi a infeliz desclassificação, e Veredas viu cair-lhe no colo uma vitória que na estrada, e como o próprio sublinhou, não obtivera. Assim, a equipa vencedora, na hora de receber os prémios, quis partilhar o momento com os seus colegas de modalidade, num gesto bonito e que encerrou da melhor forma uma jornada com alguns percalços. Na estrada, e como se viu, os dois primeiros estavam definidos, até porque Artur Silva, que já chegara com atraso ao parque de partida, viu o motor do Saxo vermelho roubar-lhe a hipótese de vencer um troféu que liderou desde a primeira prova, e isto depois de ter batido Veredas por quase 5 segundos na “subida” inicial. Assim, os melhores VSH começavam a rondar o pódio, onde Carlos Andrade poderia também ter entrado, não fosse um furo na segunda passagem, que o atirou para oitavo. Seria então um muito eficaz Ricardo M. Moura a juntar o segundo lugar à vitória entre os não-homologados, muito bem secundado por Hélder Pereira, o piloto do AX GTi, que em 2010 assinou uma época de primeira, vencendo este Troféu à geral (ver caixa) e, antecipadamente, os VSH da Taça de Ralis do Grupo Central. A elasticidade dos motores franceses e a agilidade de ambas as viaturas foram trunfos bem marcados, aos quais se juntou o abandono de Paulo Veredas (semi-eixo na PE1), e também o furo de Jorge Sousa, que ainda foi sétimo no final. Entre eles, mais duas boas presenças de Fábio Fontes e de Bruno Corvelo, que encerraram o Top-5 na frente do sempre regular João Paulo Simões. António Ortins levou o pequeno Yaris até ao nono lugar, batendo o melhor Clássico, novamente o Escort de Adelino Sousa, que não se livrou de um susto enorme na entrada do empedrado da Serra do Cume. Nas últimas cinco posições Duarte Veríssimo ficou na frente da aguerrida Cecília Augusto – de novo a dar o “toque” feminino à função… -, de Artur Borges, Roberto Pires, e do estreante (ao volante) André Avelar, com este a assinar um momento caricato, ao levar com uma das folhas de notas que Tiago Mourão, o seu navegador, ia arrancando após uma divertida utilização das mesmas! Pelo caminho, e por despiste, ficaram João Silva, Paulo Oliveira e Francisco Costa, com a assistência a este último a demorar demais e a mostrar as carências da prova nesse sector. Uma tomada de tempo com pouco espaço no final da classificativa também seria um ponto a rever, mas esses são pequenos itens de uma lista de sucessos com que o TAC atingiu três décadas e meia de vida. E a história, não só desta prova, tem-nos mostrado isso mesmo…

No final a tebela ficou assim... 

"Onboard": Só um furo atrapalhou…

O reluzente Corolla GT e mais uma experiência por dentro da emoção... 

Fotos: Jorge Silva/DI Motor

Foi de novo com o maior prazer que o repórter se fez navegador para cumprir mais uma animada jornada, desta feita com o gosto especial de tripular uma máquina como o Toyota Corolla GT de Jorge Sousa, piloto que se mostrou novamente seguro na condução de um carro difícil, mas cujas sensações transmitidas são, de facto, do melhor. Um equilíbrio em curva impressionante, e um “cantar” afinadíssimo dos 1,6 litros Twincam são apenas dois predicados de um carro que entusiasma. O que não acontecia propriamente face a um traçado que já sabíamos penalizador para a longa relação de caixa, mas onde assim mesmo a prestação foi bastante boa. Infelizmente um pneu descolado da jante, depois de uma entrada um nada tarde na vala do gancho da Serra do Cume, veio a estragar a hipótese de uma melhor classificação, que o quinto tempo à geral da segunda passagem confirmou sem grandes riscos. Uma atravessadela de fotografia no empedrado, logo a abrir, e uma sucessão de pequenos slides controlados foram o sumo de nem sete minutos de competição, que valeram bem vestir um fato emprestado e tentar entoar as notas de andamento sem hesitações.

Pelo caminho, e naquelas conversas de ligação que acabam por valer o sentido de equipa, recordamos que, há cerca de 20 anos, o Jorge já tinha brilhado ao volante, então num circuito organizado pela JSD – no saudoso traçado do paiol do Cabrito – onde uma inesperada participação com um Opel Corsa até motivou um tempo à frente de um miúdo chamado Gustavo Louro, que então debutava com talento para a carreira que hoje se conhece. Fica um agradecimento ao Jorge Sousa pela lembrança e os parabéns, extensivos ao seu irmão Adelino, pela insistência de fazerem correr os automóveis das nossas infâncias e nostalgias… e que o público bem gosta de ver passar – bem conduzidos – na estrada.

Mesmo com o furo, houve sorrisos no final...