Paulo Augusto: Um senhor.
Faleceu o Paulo Augusto. Ou o Professor Paulo Augusto, como nunca o tratei. Docente de Educação Física - desde sempre - na Preparatória de Angra, foi um dos nomes do início desportivo da RTP-Açores, casa com que colaborou durante, pelo menos, a década de 80. Foram dele as primeiras reportagens de ralis a que me lembro de assistir. Tinha 66 anos.
Homem das tradições, era um nome de base no nosso desporto, onde foi um praticante de qualidade, mas também esteve ligado à cultura, com ampla atividade nos tempos do Liceu de Angra e da Escola Industrial.
Retirado das lides da comunicação, sabia-o doente há bastante tempo, mas foram sempre palavras de muita força e alento as que o ouvi proferir. Regressou inclusivamente à escrita esporádica, mostrando bem que podia ter sido um colunista permanente em qualquer jornal, e confirmando a sensibilidade de quem sabia ao que vinha.
Agradeço-lhe todo e qualquer incentivo ou elogio, realçando que foi pelas gentes dos primórdios das notícias nas ilhas que todos regemos a nossa entrada na hora de passar à comunicação. No mundo do desporto, ainda mais.
A notícia de hoje é, por isso mesmo, má. O Paulo Augusto era um senhor no trato e na postura. E o que tenho para dizer sobre ele é, efectivamente, bom. Um abraço sentido ao seu filho Nuno e a toda a família.
Tenho uma pena enorme de ver partir gente assim.