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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

31.Mar.15

Jantar "Capacete + HANS" junta comunidade dos Ralis terceirenses

Cartaz Jantar Amigos dos Ralis - Capacete + HANS.j

O OEC Motorclube, a Associação de Pilotos do Grupo Central e o Terceira Automóvel Clube promovem, no próximo sábado (dia 4), pelas 20h00, na Casa do Povo do Cabo da Praia, um jantar denominado “Amigos dos Ralis – Capacete+Hans”. O certame pretende angariar fundos para a aquisição de sistemas de segurança (capacete + HANS) - obrigatórios em todas as competições FPAK, nacionais e regionais, já a partir de 1 de abril -, que depois serão entregues às equipas terceirenses que deles necessitem nas várias provas que venham a disputar, estando já abertas as inscrições para quem quiser beneficiar da iniciativa.

Segundo a organização do jantar, esta foi uma forma de “tentar manter, através de uma causa, a modalidade viva e unida na Terceira, o que felizmente aconteceu”. Tanto a Associação de Pilotos do Grupo Central, como o Terceira Automóvel Clube, decidiram associar-se à iniciativa, tornando-se assim parceiros do evento, que se pretende "possa juntar o máximo de equipas e adeptos dos ralis, por forma a que se avançe de imediato para a aquisição dos capacetes e dos sistemas HANS". O evento recebeu, desde a primeira hora, o apoio da Fábrica de Tabaco Estrela, com o seu administrador, Carlos Costa Martins, a considerar a iniciativa "muito importante para a segurança dos pilotos". Os bilhetes para o evento podem ser adquiridos, até amanhã (dia 1), no Bar dos Bombeiros da Praia da Vitória, na Açorlanda (Recepção) ou junto de Toni Ortins (Associação de Pilotos - tm: 96 81 54 656).

27.Mar.15

Falta a grande homenagem a Luís Louro

Foto Cronica 45DI MAR15 - Falta a grande homenagem

Em semana de rali, é praticamente impossível fugir ao tema. Não apenas pelo movimento que a proximidade das provas cria, mas também porque - e nisso somos todos tão portugueses e iguais - é altura de recordar velhas histórias, de aferir episódios antigos, de descobrir que afinal este ou aquele facto estava mal contado. Ou exagerado, que no desporto automóvel também há quem acrescente um ponto ao que estava na memória.

Há uns dias, e na constante troca de opiniões que as redes sociais provocam, uma simples frase despoletou uma vontade de vários adeptos do automobilismo, que vem complementar de forma permanente algumas iniciativas anteriores: fazer a homenagem pública que falta a um nome importante da causa local dos desportos motorizados, o de Luís Louro.

Luís Manuel Martins Fernandes Louro é o sócio nº8 do Terceira Automóvel Clube (TAC). Mas não é um sócio qualquer. Praticante da primeira hora dos então ralis "clandestinos", e desde sempre um homem ligado profissionalmente aos automóveis, nunca chegou a fazer um rali federado, mesmo se participou nos saudosos Circuitos do Cabrito, provas inéditas e que à data - meados da década de 70 - muito significaram no arranque para o que viria a ser uma atividade desportiva de grande sucesso entre nós. No seio das "aventuras" que uns tantos candidatos a pilotos levavam a cabo, julgo não haver problema em referir agora que o Luís era um do que faziam o "avião" na Canada Nova. Sem sequer explicar bem o que era, e sem saber se havia muitos mais destemidos a esse ponto. O certo é que foi sempre com essa frontalidade, por vezes incómoda, que o conheci. E foi por conta dela que muitos passos importantes foram dados neste desporto que é de massas, mas que nem todos apreciam ou entendem.

Passado o tempo dos Mini Cooper, e quando os ralis já tinham uma margem de manobra diferente, foi pela mão do Luís que se criaram o Team Edinsula (Toyota) ou a formação da Açorlanda (Renault), com meios nunca vistos entre nós, num caminho que culminou na carreira do mais dotado piloto açoriano de sempre, o seu filho Gustavo. Mas nem iria por esse lado da passagem marcante do Luís Louro pelos ralis para aferir o contributo essencial que prestou. E que acredito ainda gostaria de prestar. E nem é pela profunda amizade e admiração que defendo uma homenagem pública única e sustentada à sua pessoa. É sim pelo mérito do que fez, deixou fazer e apoiou. A personalidade em causa é transversal ao fenómeno do desporto automóvel nos Açores. Implementou carisma à causa, e fez dela um cavalo de batalha sem remissão. Por isso, e por muito mais, acho que ainda está em falta a grande homenagem ao Luís Louro.

40 Falta a grande homenagem a Luis Louro - DI 25MA

 

27.Mar.15

34º Rali Sical: Os troços vistos por Gustavo Louro

1ªPE Citadino/Cais d'Angra/Avenidas (2,85 kms)

NOVO

"É uma classificativa em que os pilotos aproveitam sempre para dar algum espetáculo, mas onde não se decide nada. Ou então decide-se tudo, pois pode haver um toque indesejado. Há que ter muita atenção ao piso da zona inicial, que pode estar muito escorregadio. A proximidade do público entusiasma normalmente as equipas"

 

2ª/4ªPE Império/Feteira B (5,21 kms)

Recorde: R.Moura/S.Eiró (Mitsubishi) - 3'18''3 (2014)

"É um troço curto, mas muito rápido, ideal para se começar o rali. É quase sempre estreito e corrido entre muros, pelo que a atenção deve ser máxima para não se tocar em nenhuma berma. Não se podem fazer cortes nas trajetórias"

 

3ª/5ª PE Barro Vermelho/PIAH (12,46 kms)

Recorde: R.Moura/S.Eiró (Mitsubishi) - 7'35''0 (2014)

"Já será um troço onde se poderão começar a ver diferenças de tempos maiores. O seu traçado varia muito, entre zonas rápidas e o encadeado no antigo Ginjal. Não é dos meus preferidos, porque se guia muito à vista e o conhecimento nem sempre é uma valia"

 

6/8ª PE Altares (10,50 kms)

Recorde: R.Moura/S.Eiró (Mitsubishi) - 6'05''5 (2014)

"Os troços da zona norte são completamente diferentes dos da manhã, e o dos Altares é dos que dá mais trabalho, pois para além de ser bastante rápido, exige muita concentração e normalmente apanham-se zonas sujas".

 

7ª/9ª PE Canadinhas/Viveiros (11,06 kms)

Recorde: R.Moura/S.Eiró (Mitsubishi) - 6'00''1 (2014)

"Outro troço exigente, e onde as zonas sujas se tornam um desafio. Tem seções entre árvores que são sempre escorregadias e, caso chova ou apareça nevoeiro, ainda é mais complicado. Nos troços da tarde, os pilotos fazem bastante mais diferença entre si que os carros. Pessoalmente, são os que prefiro neste rali"

 

Peça DI 27mar15 2.jpg

 

 

27.Mar.15

34º Rali Sical: Moura...e os outros

Foto Fiesta R5 Paulo Santos.jpg

Foto: Paulo Santos

 

Longe vai o tempo em que os resultados dos troços da zona norte da Terceira eram transmitidos via-rádio para a Graciosa, de modo a que chegassem sem atraso a Angra, onde estava sedeado o secretariado da prova, pois só assim o "sinal" o permitia. Hoje, tudo é vivido em tempo real, por todo o mundo, desde os "cronos" das várias equipas até às emoções das classificativas. O paradigma da competição quase mudou, mas a paixão e o empenho que levam os ralis à estrada mantém-se. Assim acontece desde 1982 com o Rali Sical, e assim acontece a cada vitória de Ricardo Moura.

Na abertura de mais um "Regional", o heptacampeão açoriano está uns passos adiante dos demais e, para ajudar, ainda trouxe à Terceira o Ford Fiesta R5 com que compete no "Nacional", viatura que levou à vitória no recente Rali Serras de Fafe. O chamariz da prova está apontado, um vencedor para a mesma mais que escolhido.

No acesso ao pódio, Luís Miguel Rego já acumula experiência e bons resultados, sendo de esperar que Ruben Rodrigues ande lá perto, neste seu regresso à Terceira, agora em Mitsubishi. Na luta pelas duas rodas motrizes, o campeão Henrique Moniz já sente saudades de vencer na ilha lilás, esperando-se para ver como andam os Clio R3 de Artur Silva e Carlos Andrade, que estreia uma das máquinas francesas. Animada será a presença de mais dois 4x4, com o campeão do Canal, Marco Silva (Mitsubishi), a suscitar muita curiosidade, e o veterano Rui Torres a trazer de novo o EVO9 até nós.

Daí para baixo, as incógnitas são muitas, com um pequeno lote de Citroën Saxo - Rafael Botelho, Lisuarte Mendonça, Bruno Silva e Fábio Fontes - aptos a lutar com o Corolla GT de Jorge Sousa, o Peugeot 106 de Ricardo M. Moura, o Clio 16v de Paulo Renato Silva ou o Punto HGT de Carlos Martins.

Seguem-se várias viaturas e pilotos, que em muito vão contribuir para a festa na estrada, sendo que a lista de 35 inscritos está longe de ser fraca, reunindo mesmo um lote interessante de conjuntos. Para abertura do campeonato, seria difícil pedir muito mais.

O 34º Rali Sical pontua também para o Troféu Além Mar Terceira/Graciosa - que este ano inclui o Rali de Santa Maria -, competição para já privada de alguns dos seus inscritos mais sonantes. A estrutura escolhida pelo TAC juntou duas metades dos ralis realizados em 2014, sendo bastante acessível em termos de preparação e apresentando os pisos, salvo algumas - raras - excepções, em bastante bom estado.

A opção do regresso ao centro histórico de Angra do Heroísmo criou uma natural expectativa nas hostes, que se deverá traduzir numa enchente de público, afinal o elemento fundamental para que o automobilismo seja, bem mais que uma atividade de risco, um espetáculo popular. É assim que os ralis se vivem na Terceira. E este 34º Sical vai certamente cumprir a regra.

Lista de Inscritos.jpg

Peça DI 27mar15 1.jpg

 

27.Mar.15

Lisuarte Mendonça/Miguel S. Azevedo procuram apoios para 2015

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Lisuarte Mendonça/Miguel Sousa Azevedo foram umas das duplas mais rápidas do Challenge Saxo Cup na época passada.

Em 2015, regressam aos ralis açorianos com o Citroën Saxo Cup preparado na "Praia Motor" e a incerteza de correr toda a temporada: "Foi novamente muito difícil reunir apoios, apesar de apresentarmos o nosso projeto a várias empresas. A participação no Rali Sical só se viabilizou porque surgiram os apoios da Cartor Construções e da Óptica da Travessa, que permitiram termos as condições mínimas. Vamos alinhar com o carro totalmente reparado e revisto, e com a habitual motivação", assegura o piloto da Agualva.

Para a restante temporada, "ainda nada está definido, mas esperamos fazer algumas provas do Troféu Terceira/Graciosa (TAC) e do novo Além Mar Rali Challenge (OEC). Para já vamos fazer o Sical, as Sanjoaninas e o que for dando", acrescenta Lisuarte Mendonça.

O navegador-jornalista refere que "os pontos de interrogação vão voltar a fazer parte da decoração. Vamos a ver se o nosso andamento e a visibilidade da equipa sensibilizam alguém", disse Miguel Sousa Azevedo.

 

24.Mar.15

Herberto Helder (1930-2015)

Herberto Hélder.jpg

Quem escreve isto não morre. Eleva-se.

 

E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as órbitas, a face amorfa das paredes, ...
a miséria dos minutos,
a força sustida das coisas,
a redonda e livre harmonia do mundo.

 

                                        Herberto Hélder

24.Mar.15

Os terceirenses que brilharam no Europeu de Atletismo Adaptado

AAIT Atletas.JPG

Brilharam ao mais alto nível no recente Campeonato da Europa de Pista Coberta da Federação Internacional de Desporto para Atletas Paralímpicos com Deficiência Intelectual, realizado em São Petersburgo, na Rússia.

Numa seleção nacional composta por 14 atletas da ANDDI-Portugal, e que se sagrou campeã em masculinos e femininos, Carlos Lima, Ana Filipe e Maria Sousa destacaram-se no novíssimo Gazprom Arena, e o DI-Desporto quis saber, junto dos seus treinadores, de que forma este crescendo de forma e visibilidade tem afetado as vidas de atletas que são, sem sombra de dúvidas, especiais. Os três atletas alcançaram 11 medalhas para Portugal: 3 de ouro (Ana Filipe - 4x400 metros e Maria Sousa - 4x200 metros e 4x400 metros), 3 de prata (Carlos Lima - 400 metros, Maria Sousa - 60 metros e Ana Filipe - 60 metros barreiras) e 5 de bronze (Carlos Lima - 200 metros, 4x100 metros e 4x400 metros e Ana Filipe - 800 metros e 3000 metros).

 

Carlos Lima (Clube Desportivo Escolar "Os Vitorinos") é treinado por Emanuel Silva, que o considera "um miúdo com necessidades visíveis, mas que encontrou no Atletismo uma forma de expressar todas as suas qualidades. O Carlos tem alguns problemas na aquisição do que são novos movimentos ou técnicas mas, depois de aprender os exercícios, executa e trabalha com grande vontade". O técnico praiense destaca a polivalência do atleta "como a sua maior valia, pois consegue ser competitivo em várias disciplinas, sendo por isso um elemento muito valioso para a seleção nacional. O trabalho tem sido orientado, até com treinos bidiários, para os 400 metros, mas igualmente para conseguir boas pontuações de conjunto para Portugal". Emanuel Silva adianta que a presente temporada "vai ser muito longa, porque só vai terminar em outubro, no Qatar, e antes ainda vai aos Global Games, no Equador. O crescendo de forma vai ser gerido durante o verão. O Carlos é um atleta bastante consciente, que valoriza imenso as viagens e a posição alcançada na seleção. Tem de haver sempre essas motivações, e isso vê-se na aplicação dele nos treinos", concluiu.

Ana Filipe e Maria Sousa (Associação Cristã da Mocidade) são treinadas por Paula Costa, uma experiente técnica, que acompanhou a seleção na Rússia, e que confirma "a grande evolução em termos de integração social que ambas vão conseguindo". A timoneira do grupo de trabalho da ACM destaca que, "sendo duas meninas que vivem numa instituição de acolhimento, é por demais gratificante perceber o que o desporto lhes está a proporcionar. Em termos de aproveitamento, elas competem normalmente nas provas federadas, mas são provenientes do Desporto Adaptado pelas suas necessidades cognitivas, treinando em conjunto com todos os outros atletas. Treinam quatro vezes por semana e é um desafio grande adaptar à receptividade delas ao que pretendemos fazer no treino". Em termos de características individuais, Paula Costa destaca que "a Maria (Sousa) é essencialmente uma velocista, enquanto a Ana (Filipe) é mais completa, com uma apetência clara para os saltos", adianta, reforçando que "temos um trabalho muito lúdico com elas, impondo-lhes regras e disciplina. São meninas especiais, que agradecem estas oportunidades, mas com respostas diferentes perante as novas situações. Tem sido um trabalho muito interessante, mas acima de tudo gratificante como treinadora e como pessoa acompanhar o seu crescimento", assegura Paula Costa.

 

Associação de Atletismo "orgulhosa"

 

Sobre a presença dos três atletas na seleção nacional, a presidente da Associação de Atletismo da Ilha Terceira (AAIT), Paula Silva, congratulou-se "com o facto de termos três terceirenses, filiados na AAIT, com resultados tão expressivos e importantes", reconhecendo "o excelente trabalho que tem sido feito pelos seus treinadores e clubes, a quem nos dirigimos também de forma oficial, felicitámos todos por estas conquistas. São atletas de grande nível que nos orgulham e que dignificam em muito a modalidade e a Terceira", disse Paula Silva.

Tira Fotos Atletas Treinadora.jpg

Peça DI 24mar15.jpg

 

22.Mar.15

Jorge Forjaz (Observador)

Jorge Forjaz Observador.jpg

Um tio que identifico com o uso abalizado do saber, do humor e da sua paixão pelas coisas. Características que incomodam tanta gente e que me orgulham.

 

" Jorge Forjaz começou a fazer genealogias antes de existir o mail e até o fax. Escrevia cartas às centenas – “Houve dias em que meti 500 cartas no correio. Isto foi num dia, fora os outros” – e para todo o mundo: “Estamos a falar de gente que nasceu em Macau, casou em Goa, teve filhos em Moçambique, casaram segunda vez em São Tomé e vão morrer na Guiné.”... "

 

-Entrevista de Helena Matos (Observador), para ver AQUI

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