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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

25.Abr.14

Blogue: Entrevista "Diário Insular"

Foto no Praia da Vitória MotorShow de 2012...

Foto: Francisco Veloso

 

Blogues mantêm verdadeiro espírito de opinião

 

O blogue Porto das Pipas completou este mês dez anos de existência. Para o seu autor, Miguel Sousa Azevedo, esta arma continua a fazer sentido: nos blogues ainda se faz opinião.

 

O Porto das Pipas completou este mês dez anos de existência. Como é que um blogue resiste a uma década? Como é que se mantêm os leitores interessados?

Os blogues estavam na moda no início do novo século, uma moda que demorou um pouco mais a chegar aos Açores - são como as crises -, mas que se instalou definitivamente a meio da década passada, quando a profusão de blogues era enorme. Há a destacar os blogues micaelenses "Foguetabraze", do Nuno Almeida e Sousa, e o "Ilhas", este com vários autores, que há muito ultrapassaram o milhão de visitas. Penso que os visitantes diários do "Porto das Pipas", que costumam andar entre as duas e as três centenas, em termos de acessos diretos - foram cerca de 650 mil em dez anos -, são quase todos pessoas que me conhecem, e que se identificam com o que vou publicando. Replico no blogue os meus gostos pessoais, sendo que os seus conteúdos viajam entre a atualidade, a cultura, o desporto, a música, a nossa terra e as nossas tradições, algumas fotografias e curiosidade avulsas. O nome Porto das Pipas não tem - hoje - qualquer ligação ao extermínio físico e visual a que foi sujeito o antigo porto comercial de Angra. Penso que ainda se justificará como uma evocação do que foi a entrada e saída de novos mundos e conhecimentos.

 

Na altura, em 2004, o que é que motivou a criação do Porto das Pipas?

Na verdade o blogue inicial foi criado por um amigo meu, o Miguel Bettencourt, que me enviou um email a dizer: "está criado, faz o que quiseres com ele". Porque nunca fui muito dado às descobertas tecnológicas, nem sabia aproveitar as valências da plataforma. Aliás, a dada altura, o portal do Sapo fez uma migração dos blogues para um novo sistema, e tive de pedir ajuda na conversão. No caso, ajudou-me a Rosa Silva, que tem um blogue que começou na mesma altura. A sua criação surgiu como complemento às crónicas semanais que eu escrevia no jornal "a UNIÃO" - e que agora parcialmente o "DI" vai publicando -, mas principalmente porque sempre precisei de um palco para as minhas opiniões e preferências. Em 2004, essa era a forma ideal de divulgá-las e partilhá-las, especialmente porque vivia no Porto e assim chegava de outra maneira à minha terra. Passados dez anos, concluo que mantenho um blogue, mas passei a ter duas terras. E que só as exorbitantes tarifas aéreas me impedem de uma ligação pessoal mais presente. Nos Açores de hoje, vivemos uma realidade social completamente seguidista e contida, dentro da qual tenho muitas dúvidas se vale a pena, efetivamente, ter opinião pessoal...

 

E durante este tempo o que é que mudou no que diz respeito aos conteúdos publicados no blogue?

Acima de tudo, penso que aprendi a escrever melhor com o passar dos anos e com essa dita exposição. Além de que uma pessoa a abeirar os 30 anos será, naturalmente, diferente de alguém que caminha para os 40. O facto de usar o espaço para me aproximar da Terceira, também serviu para depois aferir que isso se cultiva com outra vontade quando estamos longe. Regressar à Terceira, com a maturidade e a aprendizagem - mesmo que ténues - de quem viveu fora, faz com que até as dificuldades do dia-a-dia sejam vistas sob outros prismas. Em termos práticos, também deu para perceber que, estando longe, tudo que se faça é mais apreciado por cá, ou pelo menos apreciado de outra forma. Isto partindo do princípio que não será apenas o facto de ser assessor de imprensa do principal partido da oposição, desde 2007, a condicionar algumas presenças e/ou convites. Mas isso são contas de um outro rosário. Ainda esta semana, no lançamento de um livro sobre o 25 de abril nos Açores, ouvi lembrar o meu avô Fernando de Sousa, à altura o primeiro secretário do núcleo regional do PS. E sei que herdei dele esta crítica ansiosa...que tantas vezes me custa moderar.  

 

...

 

No Porto das Pipas preocupa-se em publicar e em dar destaque a acontecimentos de cariz regional. Na sua opinião, os jornais locais/regionais deixam de lado, por vezes, temas que mereciam mais atenção? Pode um blogue substituir um jornal?

Há uns anos fizeram-me uma pergunta semelhante num programa da RTP/Açores dedicados aos blogues. Não penso que os blogues, ou sequer a imprensa digital, substituam de facto os jornais. Mas a realidade económica, e as várias opções governativas, asfixiaram de tal forma a comunicação social, que muita dela se limita a seguir a agenda política, saltitando depois entre o social, o cultural e o desportivo, ancorando muitas das suas visões nos ditos colaboradores ou comentadores, com cuja visão mais empírica as pessoas se acabam por identificar de outra maneira. Nos blogues de opinião que ainda subsistem, há esse cariz pessoal. Há o verdadeiro espírito de "opinion-maker", que cada vez mais é uma espécie rara, salvo quando se podem juntar bons honorários a essa capacidade natural.  

 

Com o advento das redes sociais, continuam os blogues a fazer sentido? Até quando?

Completamente. Demorei apenas algumas semanas para perceber que os blogues não precisam de andar a reboque das redes sociais. Porque, pura e simplesmente, se podem servir delas como motor de partilha e divulgação. Numa frase perfeitamente contemporânea: qualquer "post" que esteja "linkado" numa rede social, acumula um maior número de "likes" com uma subida exponencial de "views"... os blogues continuam a fazer sentido pela sua polivalência e pelo simples fato de serem gratuitos.

 

Entrevista no DI de hoje...

25.Abr.14

Na cidade-património...

O pódio do rali de regresso ao seu lugar...

Foto: Pedro Ivo

 

Praça Velha, Angra do Heroísmo: E o pódio do rali, sereno mas espampanante, aguarda a chegada da festa. Ainda sem perceber porque é que se lembraram de o tirar dali durante tanto tempo...

24.Abr.14

2014: Uma nova aprendizagem.

Lisuarte Mendonça/Miguel S Azevedo-Citroën Saxo Cup.

(Fotos: António Bettencourt)

 

Está quase na estrada a 33ª edição do Rali Sical, prova que abre o Campeonato de Ralis dos Açores em 2014, pontuando ainda para o novo Troféu Além Mar Terceira/Graciosa e para o Challenge Saxo by ACB Racing.

Para Lisuarte Mendonça e Miguel Sousa Azevedo, a época será de aprendizagem: "Vamos começar o ano em busca da necessária rodagem com o carro, depois de presenças em esporádicas em 2013 e sem o automóvel nas atuais condições", disse o piloto da Agualva, que utilizará um Citroën Saxo Cup, que já conhece bem, mas no lugar de navegador e Fernando Meneses, que ocupou em 2007 e 2008.

"Queremos ficar sempre perto do pódio do Challenge Saxo by ACB Racin, tentando imprimir um ritmo forte, e ir evoluindo o carro, mesmo se ainda não garantimos as verbas para efetivar a participação em todas as provas que pretendemos, tendo sido o apoio da Clubauto e a colaboração da Praia Motor a viabilizar esta nossa primeira presença", explicou Lisuarte Mendonça.

Miguel Sousa Azevedo acompanha novamente o jovem valor, acreditando que "o carro está agora mais competitivo, mas é preciso entender as reações e necessidades da sua condução. Será uma prova a descobrir tudo isso, e também a ver como será o entrosamento da equipa num rali maior e com outras exigências", revelou o navegador-jornalista.

A dupla integra a formação da "Praia Motor", de que fazem também parte os Citroën Saxo Cup de Tiago Valadão/Wilson Mendes e Fábio Valadão/Bruno Narciso.  

Ao lado da máquina renovada...

 

...

18.Abr.14

"Sical" entre a tradição e a novidade

Na estrada, dias 25 e 26...

Foi apresentada ontem à noite a 33ª edição do Rali Sical, prova que vai para a estrada nos próximos dias 25 e 26, e que conta com uma lista de 40 equipas, de onde se destaca naturalmente o tricampeão nacional, e hexacampeão açoriano da modalidade, Ricardo Moura.

A abrir o campeonato de ralis dos Açores em 2014, o certame começa na sexta-feira (dia 25), com a especial citadina Avenidas/Sical, prosseguindo no sábado (dia 26) com mais quatro troços a serem percorridos por duas vezes. Serão eles Agualva, Fajãs, Altares e Canadinhas/Viveiros. Um traçado de estrada entre o tradicional, com três classificativas já conhecidas e que se correram pela última vez entre 2010 e 2011, e a novidade que é o regresso da estrada do Cabrito (Fajãs) aos ralis terceirenses, um troço mítico de que se contam infindáveis histórias de nevoeiros e dificuldades. Para lá de passar "à porta" das antigas instalações norte-americanas onde se correram os saudosos Circuitos do Cabrito. Mas a mais marcante jornada ali vivida tem quase 30 anos quando, num mesmo Rali Sical - mas em 1985 -, as três passagens noturnas, sob denso nevoeiro, "viraram" do avesso a classificação da tarde, com vitórias espantosas do pequeno Opel Corsa SR de José Eduardo Silva e o triunfo final a ir parar ao VW Golf GTI dos irmãos João Pedro e "Zeca" Freitas.A especial será corrida no sentido Fajãs/Pico da Bagacina, pela primeira vez com o atual tapete em asfalto, e terá três "chicanes", que já estão pintadas para os reconhecimentos de amanhã: junto ao antigo Tentadero "Rego Botelho"; junto ao Tentadero "José Albino Fernades"; já no Pico da Bagacina, na reta que antecede a última curva da classificativa. De referir que foi neste mesmo traçado, corria o ano de 1987, e na primeira prova integralmente disputada em asfalto na Terceira - o 1º Rali Agência Teles -, que houve a estreia de uma "chicane", precisamente junto ao antigo Tentadero "Rego Botelho". Dessa feita venceu o fabuloso Ford Escort RS "Parafuso" de José Rodrigues.

O Escort RS da Casa Parafuso...

(Foto do Ricardo Laureano, com o Escort RS do José Rodrigues ao lado do Corolla GT do Joaquim do Carmo)

 

Quanto ao Rali Sical deste ano, em mais uma edição da prova europeia com a mais antiga designação comercial, espera-se um conjunto de disputas interessantes, num evento em que o Terceira Automóvel Clube inovou em algumas frentes.

 

Entrevista com o presidente do TAC, Gerardo Rosa:

 

 

A escolha do percurso espera-se de consensual agrado entre os concorrentes.

 

Entrevista com a Diretora de Prova, Ana Pires:

 

 

Ricardo Moura venceu a prova nas últimas cinco edições, mas o recorde de triunfos continua na posse do já retirado Gustavo Louro, vencedor por 13 vezes entre 1993 e 2006.

 

 

16.Abr.14

Jogadas finais.

Bem, este ano a coisa está vista. O Porto de Fonseca e de Castro não passa de uma equipa mediana, onde apenas desponta o génio de Quaresma. Pior que isso...contra 10, ou levam 3 ou levam 4.

 

E esta época nunca mais acaba?

16.Abr.14

O Bairro.

O Bairro...filme e série.

Não tinha visto o filme e gravei todos os episódios da série, que depois distribui pelos dias, à vontade.

Ao fim de 14 episódios - com o selo de qualidade do argumento de Francisco Moita Flores e as boas interpretações de um elenco variado -, já posso novamente retirar o 4 do comando. Agora, e a não ser que aquela coisa nova do Ricardo Araújo Pereira (me) motive, não passo nem toco na TVI por mais alguns meses...

16.Abr.14

Go, Tiago, Go!

Tiago Monteiro em ação na corrida de Marrakech...

Foto: André Lavadinho

 

Tiago Monteiro não teve um fim-de-semana fácil em Marrocos, onde se iniciou a nova temporada do WTCC. Mas, apesar das limitações mostradas pelo Honda Civic, voltou a mostrar que é um dos mais talentosos e combativos pilotos do pelotão...

15.Abr.14

Datas.

Uma flor ao acaso, nascida ali mesmo...

Hoje a minha Mãe fez anos. Hoje completou-se mais um ano em que a nossa proximidade, assumida, convulsiva e quase escondida, se rodeou num abraço. Corrido, a correr, também quase escondido.

 

Hoje a minha Mãe fez anos. Hoje completou-se mais um ano em que vivemos tão longe. Apesar de estarmos mesmo aqui. Numa partilha cúmplice de corações, sofrimentos e razões.

 

Hoje a minha Mãe fez anos. Combinamos, em poesia, que - praticamente - nunca iremos dizer tudo o que sentimos e pensamos.

15.Abr.14

Senna: O livro do Pelejão.

Livro do Rui Pelejão...sobre o maior de todos.

À venda, a partir de hoje, mais um livro sobre a vida e a carreira de Ayrton Senna da Silva, para muitos o melhor piloto de sempre. Para mim também. E para o Rui Pelejão igualmente...

 

As palavras com que este jornalista (ex-Auto Sport) - que conheci há 13 anos, num chuvoso e saudoso TAP-Rali de Portugal que seguimos em conjunto - de escrita emocionada, grande sentido de humor e ideias firmes, apresenta a sua própria (primeira obra) dizem quase tudo:

 

ALEGRIA AOS DOMINGOS - O MEU PRIMEIRO LIVRO

Um livro, mais um. Há mais escritores do que leitores, sempre disse e não é agora que volto com a palavra atrás, porque não sou escritor, apenas um jornalista meio empregado (mais um) que escreve...um livro. Um livro sobre o piloto brasileiro Ayrton Senna.
No próximo dia 1 de maio cumprem-se 20 anos sobre o acidente de Imola.  Há vinte anos, quando não havia internet, telemóveis, tv por cabo ou outras distrações, a Fórmula 1 era a companhia dos domingos.
A seguir ao TV Rural, ao 70x7 e ao Vasco Granja, entrava pelas nossas casas o ruído dos motores e as vozes do José Pinto, do Adriano Cerqueira e do Domingos Piedade. Na pista, a nossa paixão dividia-se entre Prost, Piquet, Mansell e o Ayrton. Era um clubismo feroz discutido à mesa do café com os amigos.
Lembra-se onde estava e o que estava a fazer no dia em que a morte do ídolo brasileiro entrou em direto pelos televisores?
Quase toda a gente se lembra tão bem do dia em que Ayrton morreu como do 11 de setembro.
Uma morte é uma tragédia, um milhão uma estatística. Cumprem-se, no dia 1 de maio, 20 anos sobre o dia em que a Fórmula 1 acabou para muita gente. O dia em que o piloto que dava alegria aos nossos domingos perdeu a vida naquela curva marcada pelo destino.
Foi também há vinte anos que o meu grande ídolo, o homem que me levou às cavalitas ver o Grande Prémio de Portugal, deixou a corrida da vida. Era o meu pai, Joaquim, a quem dedico este livro.
O meu livro "A Paixão de Senna" editado pela Oficina do Livro não é uma biografia - há outras melhores e mais completas - não é uma hagiografia do ídolo, não é um romance. É a história de um homem que marcou o seu tempo e uma história daquele tempo que também marcou as nossas vidas.
Para mim, além de ser o meu primeiro livro, "A Paixão de Senna" é também um tour de force, uma maratona-sprint que me permitiu uma viagem emocional e emocionante. Se conseguir que alguns dos leitores partilhem da emoção que foi escrever este livro, já me darei por satisfeito.
Para quem escreveu um livro sobre um homem como Ayrton Senna o máximo que posso dizer é que fiquei a gostar mais dele, como um amigo que nunca conheci, com os seus defeitos, contradições e a sua condição de deus das pistas e ser profundamente humano fora delas.
De resto, o livro foi apresentado oficialmente à minha família, na festa dos 87 anos do meu Avô Manel no Arneiro, com o Tejo ali ao lado e o meu sobrinho Manel como meu agente literário.
Poder escrever uma dedicatória às pessoas que amamos no primeiro livro que escrevemos é sucesso literário suficiente. Mas se quiserem ler, também ficaria muito feliz com isso. Está à venda a partir de hoje.
Rui Pelejão

Ao Rui, e para além da merecida divulgação que farei do seu livro, entre amigos e admiradores de Senna, fica o cumprimento antecipado. Porque sei que nenhuma palavra foi usada ao acaso.
Em causa estava, e estará sempre, a memória do melhor de todos. E nisso, só com o coração se pode mexer...

- Primeiro capítulo do livro "A Paixão de Senna" online AQUI

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