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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

31.Dez.13

De um ano para o outro...

Feliz ano novo...

Chegado o último destes 365 dias, sem escrever muito mais do que os desejos do costume.

 

Um bom 2014, com as vontades e as paixões a poderem ser figuras do novo ano.

Não vale a pena estar a pensar em muito mais. Fiquemos pelo que depende apenas de nós...

29.Dez.13

Sim, também foi o meu clube...

CAT-30 anos de Clube de Atletismo da Terceira...

Foi o primeiro clube dos Açores a dedicar-se exclusivamente ao atletismo e o quarto a nível nacional. Já se passaram três décadas e, atualmente, o Clube de Atletismo da Terceira (CAT) continua a fazer da prática e da divulgação da modalidade as grandes razões da sua existência. Para trás fica uma história rica em sucessos desportivos, interpretada por alguns dos nomes maiores do atletismo regional. Num futuro feito de incertezas, o presente vai sendo percorrido em ritmo de meia-maratona, saltando obstáculos com a firmeza de quem sabe que um clube não se resume a uma prova de 100 metros. Trinta anos depois, o CAT continua a enfrentar todos os desafios.
Fundado oficialmente a 20 de dezembro de 1983, o CAT iniciou a sua atividade em setembro do mesmo ano. A ideia de formar um clube inteiramente dedicado ao atletismo partiu de Hélio Vieira, hoje jornalista, na altura um "menino" de 19 anos. Foi ao lado de Jorge Chu, dois anos mais novo e o primeiro treinador da coletividade, que assumiu o cargo de presidente da direção, funções que desempenhou até 1985. Na segunda época, Jorge Larcher, já falecido, torna-se o responsável técnico, altura em que o CAT sagra-se, pela primeira vez, Campeão da Terceira de Absolutos.
Apesar do interregno entre 1985 e 1987, o CAT tem vindo a cumprir na íntegra os objetivos para o qual foi fundado, quer no que toca à componente competitiva, quer no que diz respeito ao trabalho junto dos escalões de formação. Reflexo disto são as classificações de excelência obtidas nos contextos regional e nacional, sucessos intrinsecamente ligados a Paula Silva, um dos principais rostos da história da coletividade, treinadora entre 1987 e 2002, ano em que Hélio Vieira, atual presidente do Conselho Fiscal, volta a assumir as funções de presidente. João Lemos foi recentemente reeleito presidente do clube, cabendo a Ricardo Matias, treinador há cerca de 10 anos, a coordenação técnica.

 

ÊXITOS
Alda Álamo, Paulo Massinga, Ângelo Dias, Sofia Pires... Ao longo de 30 anos, o CAT tem formado alguns dos principais intérpretes do atletismo regional. Entre os feitos notáveis alcançados estão a conquista do título de Campeão Nacional de Provas Combinadas na categoria de Juvenis Masculinos, na época 1995/96, e o Recorde Nacional de Heptatlo na categoria de Juvenis, alcançado pelo atleta Paulo Massinga na época de 1995/96.

Foi o mesmo Paulo Massinga que, juntamente com Ângelo Dias, levaram o nome do CAT para os palcos internacionais. Os dois atletas foram convocados para a Seleção de Portugal que participou no Campeonato da Europa de Juniores na época de 1997, sendo de realçar o 10.º lugar no Decatlo obtido por Paulo Massinga.
Nas épocas de 2004/2005 e 2005/2006, a atleta Sofia Pires participou na Taça da Europa de Provas Combinadas em representação da Seleção de Portugal. Em outubro de 2006, a mesma atleta representou o selecionado português nos Jogos da Lusofonia, que decorreram em Macau. Na temporada de 2007/2008, Sofia Pires integrou a equipa das quinas que competiu nos Jogos Ibero-Americanos e na Taça da Europa de Provas Combinadas.
No âmbito da sua atividade desportiva, os atletas do clube conseguiram obter marcas que lhe derem um lugar em mais de uma centena e meia de pódios em provas nacionais de todos os escalões. Nas fileiras do CAT têm figurado, ao longo de 30 anos, atletas com o estatuto de Jovem Talento Regional e com presença no Percurso da Alta Competição.
O trabalho desenvolvido pelo CAT foi reconhecido pelo Governo Regional dos Açores com a atribuição do título de Instituição de Utilidade Pública, através do Despacho D/PG/2002/57 - A, publicado no Jornal Oficial II Série - Número 25, de 18 de Junho de 2002.

 

in "Diário Insular" - 29 dez 2013

29.Dez.13

Mar de Inverno?

...no último sábado de 2013.

Praia do Pópulo (São Miguel) - no último sábado de 2013.

 

Em claro contraste com a intensa atividade que se vivia uns metros para cada lado da imagem, nesta perspetiva a acalmia de uma tarde de sábado fazia-nos olhar o mar. Agradecendo-lhe as proximidades e as distâncias que nos permite...

24.Dez.13

Lágrima de Natal. *

Natal. Recordações e ficções que se criam...

 

 

E o nosso palco era toda aquela enorme sala. A sala onde a família se fora criando, onde se viviam os Natais, onde cada nova alma nascida era apresentada sob os olhares pachorrentos, dos mais velhos, e curiosos, dos mais pequenos, extasiados com os sons e a atenção que o neófito representava.

Havia uma ligação de pele entre as pessoas que entravam naquele nosso palco. Ao monte, éramos, entre netos, filhos e sobrinhos, uma boa dúzia de almas pensantes e curiosas. Todos entre os 6 e os 12 anos, um escalão de ampla curiosidade, uma faixa em que, dos joelhos arranhados às primeiras escritas pomposas, tudo se transcendia. As descobertas naturais sucediam-se, os primeiros beijos, os toques cúmplices, tudo coisas de família. Afinal éramos parceiros de sangue e de sobrenome. Mesmo na mais incrível quebra de protocolo.

O espaço era amplo. Dois sofás acetinados dominavam um dos cantos. Uma mesa de pé-de-galo parecia perdida mais adiante e, no extremo oposto, a bem encerada casa das operações – era assim que o avô apelidava uma mesa de jogo inglesa, com o veludo bordeaux a destacar-se pelo centro -, onde se apostavam as vidas e as maledicências, em horas eternas de poker ou crapô, sempre com os feijões a reinarem sobre as moedas escondidas. Era apenas uma questão de sexos, uma questão de definir os jogos. Mas, ainda assim, Beethoven passeava-nos aos ouvidos, com o crescimento que isso dá e os suspiros infinitos que provoca. A cadeira de baloiço, vinda de uma casa de família no norte, era outro marco no ambiente, mesmo se uma das molas do assento ganhara vida própria há já uns anos. O móvel da velha grafonola era imponente, mas as suas músicas há muito tinham perdido lugar para um dos primeiros leitores de cd da terra. Sim, que este avô era velho, mas andara todo o tempo à frente do seu próprio. E assim continuava. Até porque isso também nos seduzia na necessidade de atuar em todo aquele cenário, onde apenas a figuração faltava. Essa ânsia de pisar o futuro. As doenças, o tempo, as voltas desta existência sem doces, tinham minado aqui e ali os álbuns de outrora. Já nem tantos os das imagens a preto-e-branco. Havia várias Polaroid, secas em disputa acesa, onde a população se fora desvanecendo.

Naquele ano, mais um em que atuávamos em vésperas de Consoada, imbuídos de pleno toque infantil, pelo qual esperávamos os doze meses, iam sentar-se ainda menos à mesa. Beethoven já nos avisara os corações. Mais uma alma subira, mais uma figura da nossa pequena caderneta do imaginário se descolara sem pedir licença. Esvoaçando. Inerte.

Por incrível que pareça, e num traço pagão adiante de comemorar o Deus-menino nas palhinhas, havia uma atmosfera de presenças estranhas. Na qual todos conseguíamos acreditar sem esforço. Havia barulhos de noite, naquelas horas em comum acordo. Havia uma saudade tão franca, que era impossível destrinçar onde começava a Fé e onde se desvaneciam as crenças noutros mundos. Cruzando ideias e desejos. Fomentando mais doze meses a correrem rápido pela existência.

Entráramos no dia-zero antes do Natal. Eram bem menos os sacos de compras, ainda assim entre doces, bebidas, prendas e corações à solta. O tempo parava. A música subia, mesmo antes de se ligar o impecável leitor de cd onde, novamente, Beethoven e a Moolight Sonata preenchiam cada hora a esse ritmo invisível. O tempo, de facto, parava. Mas a pulsação não ia em cantigas, e subia aos extremos da falta. E que falta fazia toda a gente sem corpo, na festa.

Num ano em que não havia crianças novas. Num ano em que falhariam dois parentes ainda mais distantes. Num ano em que a visível abundância disfarçava as dificuldades da empresa familiar de tecidos e malhas. Num ano, o primeiro, em que a cozinheira do clã tinha ido de férias, exausta por acumular funções na dura lida de uma casa com três pisos. Possivelmente, nem a passagem interior da cozinha para a sala de jantar seria usada. Toda a comida estava encomendada e chegaria já feita. Numa espécie de prognóstico aos cheiros e às vontades. Antevendo quase as conversas e as reações subsequentes. Quebrando a magia e privando-nos a todos de sequer recordar a avó a esconder o derradeiro lance de avental. Como as tradições lá de fora, também aquela parecia correr como chuva nas memórias e recantos. Afinal, ainda havia uma lágrima de Natal. Sincera, saudosa, a escorrer no rosto meigo de Inês. A mais pequenita, que percebeu como a tristeza falava alto. Sem sequer bulir…

 

* Pura Ficção...

23.Dez.13

Pilotos correram "Por um Natal Melhor" na Praia da Vitória

Géneros recolhidos no sábado...

Pelo segundo ano consecutivo, o Centro de Desportos Motorizados da Praia da Vitória acolheu um evento desportivo de cariz solidário, com o qual recolheu alimentos e roupas para a Cáritas. "O objetivo do evento foi apenas permitir uma quadra festiva com outras condições a quem mais precisa", avançou o organizador Olavo Esteves, que se revelou satisfeito "com a adesão de mais de 20 equipas e muito público, que também se associou à recolha", disse.

 

Numa agradável tarde de sábado, a Super Especial OEC/Alem Mar - Por um Natal Melhor encerrou a temporada terceirense da melhor forma, "com muito convívio e o espírito natalício a estar bem presente, como o comprova a grande quantidade de géneros que pudemos doar à Cáritas", disse ainda o empresário, cabendo à responsável por aquela instituição na Praia da Vitória, Berta Pereira, agradecer "à organização e a todos quantos contribuíram, mais uma demonstração de afeto para quem passa por carências", referiu.

 

Mesmo com a parte desportiva a ficar para segundo plano, o certo é que foram 21 conjuntos a alinhar nas duas mangas em contra-relógio, tendo-se desde logo destacado o jovem Marcelo Ávila, que, acompanhado por Diogo Simas, levou o seu Renault Clio de Autocross a uma folgada vitória, estabelecendo ainda a volta mais rápida (1.18,48). Tiago Mourão foi segundo com o habitual Clio RS 2.0, enquanto Rodrigo Vieira, outro dos jovens do Autocross - também em Renault Clio - fechou o pódio, depois de uma primeira passagem menos conseguida.

 

Num lote curioso de pilotos e viaturas, destaque para o excelente 7º posto do ainda muito novo Miguel Brasil, num Nissan Micra, para a 9ª posição do veterano Floriberto Melo, com um potente Ford Probe, ou ainda as presenças do Jeep Cherokee de Wilson Mendes e do Mitsubishi Pajero de Rui Pereira. Enquanto Silvestre Rocha, o habitual navegador de Paulo Meneses, não se coibiu de correr com um trator Massey Ferguson, fechando a tabela e dando outro "toque" de boa disposição ao evento.

Silvestre Rocha e o imponente Massey Ferguson...

Marcelo Ávila foi o vencedor da tarde...

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