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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

09.Jun.11

Porto Martins/Contendas (Som Onboard)

Na curva do Farol das Contendas...

Foto: Rodrigo Bento

A pouco mais de uma semana do Rali Sprint das Sanjoaninas, aqui ficam alguns momentos de emoção no interior do Citroen Saxo Cup da "MV Sport".

Trata-se do som "onboard" com as notas de andamento do troço Porto Martins/Contendas, a 8ªPE do último Rali Sical, onde a dupla Marco Veredas/Miguel Azevedo fez o 7º tempo à geral (3º da F3), com 3m57,0.

Faça de conta que está dentro do carro francês e tente visualizar este carismático percurso dos ralis terceirenses. É este o nosso desafio.

Até para a semana! Vemo-nos na estrada!

 

 

O mapa da classificativa...

 

09.Jun.11

Entrevista: Agostinho Leão...

“Fazer música é uma necessidade saudável…”

 Agostinho Leão, o músico da nossa entrevista...

-Miguel de Sousa Azevedo - "a UNIÃO"

-Fotos: Miguel Bettencourt

Aos 35 anos, Agostinho Leão é o rosto e a voz de mais um projecto onde a música original e cantada em português são motes de eleição: Faz de Conta. Sociólogo de profissão, leva quase duas décadas de actividade musical e revela-nos “uma necessidade saudável de compor, exactamente como um hobbie, e de dar ocasionalmente a conhecer essas composições. Há quem goste de correr ou de jogar ténis, eu gosto de fazer música e de tocar”, confessa-nos, partilhando que este novo projecto “surgiu de uma base construída por mim, uma ideia inicial depois trabalhada pelo Raul (Cardoso). Entrámos em estúdio, e o Raul partiu para toda a produção, então já com a companhia de dois músicos convidados (João Mendes e Miguel Soares), que também deram o seu cunho pessoal a uma linha já concebida, inicialmente num projecto individual, mas que resultou neste trabalho de grupo”, refere.

Os mais atentos às andanças da música local reconhecem a persistência de Agostinho Leão. Mentor de bandas como os saudosos “Os Sobredotados”, passando depois por experiências como “Malucos, Malucos” e até pelo universo académico com “Os Tunídeos”. Com o som dos “Goma” ainda bem no ouvido das gentes, o músico temia “estar muito tempo sem criar, dadas as impossibilidades de alguns elementos da banda para uma situação mais regular”, daí que optou por “avançar para outra coisa, coincidindo depois o convite a mais dois músicos e, no caso de um deles – Miguel Soares -, por se dar oportunidade a novas roupagens e gravações de maior qualidade de dois temos da nossa banda original (Os Sobredotados), no caso “Santa Maria” e o “Rap da Ribeira Seca”, uma música que já teve várias versões. Era um pedido, presumo que saudosista, de algumas pessoas e agora podemos ouvi-las noutras condições”, explica.

O álbum - com dez faixas - que mais logo todos poderão conhecer apresenta cuidados técnicos que não passam ao lado de um ouvido mais atento, mostrando também que “vamos passar o mais possível para o palco a produção do disco, pela primeira vez com um sampler a tocar em cima da nossa música, marcando uma batida e introduzindo as novas tecnologias nas actuações”, diz o “frontman” da formação que afirma essa “como uma valência, mas também uma dificuldade acrescida, pois as limitações financeiras são um obstáculo a trabalhar melhor essa vertente”.

Por via dessas novas tecnologias também já muita gente registou as nuances da nova banda, uma verdade “que pode criar expectativas, mas que será sempre uma vantagem para nós, pois há um conhecimento do nosso som e isso obriga-nos a minimizar as falhas, o que espero seja possível”.

Num álbum onde há “um desabafo social, que penso se estende a muita gente que não diz o que pensa”, Agostinho Leão assume “o toque mais directo das letras à observação que faço de várias coisas. Essencialmente um alerta e uma constatação”, esclarece.

O vocalista retrata os seus colegas de palco como “verdadeiros músicos, sendo que dois deles – o Raul e o João – o fazem profissionalmente. O Raul é um músico por inteiro, uma pessoa que respira música, e penso que o mesmo se passa com o João Mendes. No caso do Miguel Soares é um músico já experiente, que penso só não teve mais envolvimento por opção. São muito criativos e, felizmente, entendemo-nos bem na forma de criar este projecto”, regista.

Inevitável, quando se fala de um projecto de música original, é tentar encontrar as influências no som produzido mas, “é tudo gente que já tocou tipos muito variados de música”, diz-nos logo o nosso interlocutor, para quem “tem acontecido, já depois de ser conhecida uma música, ir pelas vozes dos outras encontrar semelhanças ou colagens, que nem foram pensada”, confessa, esperando “a maior adesão possível a um projecto que não foi feito para vender, mas que gostaríamos de levar o mais longe possível”, concluiu.

 Faz de Conta, um novo projecto musical...

PS - Agostinho Leão é, para além de um amigo de longa data, um companheiro possuidor de um espírito criador, curioso e crítico por natureza. Neste mundo das criações, cada vez melhor o compreendo, citando mesmo que – da música que dá nome a este novo projecto – “Faz de conta que hoje é ontem, tens de acreditar. Faz de conta que é contigo que estão a falar…”. Pois é, amigo. Às vezes parece mesmo...


 

Faz de Conta é um projecto nascido em Janeiro deste ano, a partir de uma ideia inicial de Agostinho Leão (guitarra acústica e voz) e de Raul Cardoso (baixo, programação e coros), aos quais se juntaram os músicos João Mendes (guitarra e coros) e Miguel Soares (bateria). Com uma sonoridade pop/rock, apostam num reportório original e cantado em português.

O primeiro trabalho da banda, intitulado Faz de Conta, estará disponível esta noite, numa festa de lançamento no Bar A Estiva - Porto das Pipas -, a partir das 23 Horas, sendo posteriormente apresentado ao vivo - dia 17 de Junho -nas Festas Sanjoaninas 2011.

Faz de Conta, apresenta oito temas originais e dois da banda terceirense dos anos 90 - Os Sobredotados - da qual são fundadores Agostinho Leão e Miguel Soares. O álbum foi gravado, produzido e masterizado por Raul Cardoso no “Stupid Bear Estúdio” em Angra do Heroísmo de Janeiro a Abril de 2011. A banda está online em www.projectofazdeconta.blogspot.com

 

Espectáculos:

17 Junho - Sanjoaninas 2011 - Angra do Heroísmo – 21h00

23 Julho - Bar A Estiva - Angra do Heroísmo – 23h00

26 Agosto – Festival Azure – São Brás - Praia da Vitória – 02h30

07.Jun.11

Olhar em frente! (c/som)

Portugal precisa de ser unido e forte...

 

 

Os resultados eleitorais de domingo foram claros e inequívocos. Portugal reclamava uma mudança e a estagnação enganadora de Sócrates apenas ameaçava continuar a fazer vítimas, perante o estado de irrealidade governativa a que o engenheiro dominical nos foi sujeitando. Assim numa espécie de limbo financeiro que, a páginas tantas, fez cair a lusa pátria ao tapete, já sem emenda ou ar para respirar sem assistência. Mesmo com nova taxa de abstenção assustadora, e já a merecer um trato diferente, pois não há mesmo vontade massiva de pela via política mudar o estado das coisas, o não-voto penalizador no PS galvanizou a vitória de Pedro Passos Coelho e do PSD, afinal ninguém se esqueceu das verdades incómodas que o líder laranja foi avançando ao longo da campanha. Numa percepção pessoal, quase pensei que Passos Coelho poderia perder a disputa, pela simples razão de dar voz ao que todos pensamos, mas que ninguém em combate político puro e duro se arriscaria a dizer. Ele fê-lo, e venceu destacado.

A esmagadora maioria do país assinou por baixo de uma postura mais moderada que o habitual, uma parte dos portugueses ainda acreditou que a continuação do já referido limbo serviria os intentos, não de Portugal, mas de algumas clientelas identificadas. Afinal, tal como nos Açores, também por esse Portugal fora há casos e casos que não se comentam, de que não se pode falar, cujos contornos nos entram pela retina, mas se dissipam no dia-a-dia e, como na noite eleitoral se comprovou, perguntar por eles é mau. Motiva apupos, reclamações, impropérios e acusações de perseguição politica e pessoal. Como se não fosse esse o drama diário de tanto trabalhador que já ousou querer gozar de independência ou voz própria. Mas adiante, pois bem diz o título destas linhas, o desafio agora é saber se os valorosos portugueses – os tais dos oito séculos de histórias, conquistas e golos à Eusébio e à Ronaldo… - são capazes de trabalhar para pagar o que devem. Sem aludir ao humorista Nílton, é disso que se trata. Portugal é um caloteiro internacional. Veste bem, anda em bons carros e compra tudo fora. Nem trata bem os seus empregados, gere-se numa folha de papel interminável, onde as despesas ultrapassam em muitos os proveitos. E acomoda-se também, tão rápido como um raio…o mesmo raio com que se queixa da mínima contrariedade, mas que se trava quando é preciso um esforço ou uma vontade geral para agir. Portugal não age, mas esbanja. É essa a imagem que existe, a realidade que se vive, as condições que urgem ser combatidas.

Numa medianamente conseguida extrapolação eleitoral para o círculo açoriano, e não me convençam do contrário assim com areia nos olhos claros a ferir a vista, houve também uma mensagem clara de protesto. Um protesto maioritariamente nacional, mas que tem um reflexo interno grande. Que penaliza a postura balofa com que a tutela rosa se arrisca a só saber governar por mais um ano, afinal a acomodação serve em qualquer roupagem. Se não houvesse essa leitura também regional, não teria havido a mobilização em peso de todo o executivo socialista para apoiar os seus candidatos, com a base forte da presença máxima de um líder regional que não se sabe o que vai ser daqui a uns tempos…e que correm céleres. Ou isso, ou bem o nosso presidente do governo se teria escusado a fazer aquelas contas com os saquinhos de amendoins nos toiros…

 

05.Jun.11

Um poema. Um presente.

Poema sentido ao forcado da nossa terra...

Tendo como base um poema meu - já com uns aninhos -, que bem se viu envolvido pelo grafismo elaborado em bom gosto do Francisco Veloso, aqui fica o quadro que oferecemos ontem aos nossos amigos Sofia e Marquinho. Muitas e muitas felicidades para eles...


POEMA AO FORCADO DA TERCEIRA
Porto, Domingo de Páscoa de 2002


a ti, Forcado, que sonhas
a pega
no Orvalho da Vida...

a ti, Terceira, que crias
estes filhos
na sede de juntar
amores à tradição...

No redondel de hortenses
húmidas de amizade
se fez união à unha
juntando valores à cunha
de um misto de coragem e saudade

valorosos espíritos de dádiva
movimentaram gentes aos anos
saudaram aos céus o corpo
aguardando palmas em flor
brindando à alma sem dor...

num respirar alentado
pela terra da lava dos dias
se furtam aos ferros da sorte
se alheiam da vida e da morte...

e pegam um rival amado e vivo
numa luta, que nossa,
possui a nostalgia do sentir de ilhéus
de crentes num viver
de cor, festa, e alegria ao próximo.

a ti, Forcado, te peço
leva longe esta gente ao mar
prevalece em ti o gostar
de um modo rico e agrado
de viver sentido e amado

de pegar o toiro da vida à terra,
dá a volta à praça do orgulho,
que te damos em mãos postas,
por nós, por ti, de pé
tão só...Olé!

03.Jun.11

Reflexão...

Uma nova distribuição espera a Assembleia da República...

A menos de quatro horas de se iniciar o dia de reflexão para mais um acto eleitoral em Portugal - será o quinto em dois anos... -, decidi-me por aqui deixar algumas linhas - poucas, contudo... - sobre a escolha em causa e o conturbado momento do nosso país e da nossa região. Sim, que a cosmética cor-de-rosa que nos impingem olhos dentro diariamente só engana quem quiser mesmo ser enganado...

A campanha eleitoral, que há uns dias considerei esgotada ainda em fase de pré-campanha, foi a mais mediática de sempre, com debates a toda a hora, com comentários de minuto a minuto, com sondagens à velocidade de um fuso mas, e penso que será uma opinião geral, também plena na ausência de ideias e soluções, afinal estamos a falar de gerir uma pátria falida, bem ao jeito dos trespasses com clientela fixa cujos anúncios aparecem amiúde nos jornais. Em Portugal há uma clientela fixa, de facto, que rapina o erário público todos os dias, enquanto o poder instituído se alonga por tantas ramas e caudais que, verdadeiramente, nem se sabe onde começa e onde acaba o Estado.

Poderia assim, para além de partilhar a minha opinião pessoal sobre os candidatos a jogo, no caso os mais visíveis e que se alcandoram a primeiro-ministro, ou mesmo os cabeças de lista pela região que, verdade seja, precisa de vozes activas em Lisboa, coisa que a espaços nem acontece (neste preciso minuto confirmo mais uma tentativa de campanha dissimulada em programa de apoio, com o governo regional a abanar nova mão-cheia de notas aos empresários, mesmo se estes abem que uns são filhos e outro enteados…), apelar ao voto num deles. Mas nem foi essa a opção. Preferi uma citação, clara como as que se devem fazer, afinal indicam que também pensamos o mesmo, mas não fomos capazes de o escrever. Dou por isso voz ao filósofo Karl Popper, e a uma tirada de acerto e vontade: “A grande vantagem da Democracia não está só no direito do povo de escolher aqueles por quem quer ser governado, mas também no direito do povo de, por via pacífica, eleitoral, mandar embora aqueles por quem não quer continuar a ser governado”.

02.Jun.11

Terceira Basket Campeão!

A festa de ontem, em Barcelos...

Foto: Cláudio Gomes

 

Depois de vencer (61-68) a partida decisiva de ontem à noite, frente à favorita formação do Barcelos no norte do país, o Terceira Basket logrou alcançar o título de campeão nacional da Proliga de basquetebol 2010/11, um feito tão mais importante por se tratar de uma jovem equipa - com meia dúzia de anos de actividade -, e que na fase regular da competição tinha conseguido apenas a sexta posição da tabela.

Repetindo um desiderato semelhante ao do Lusitânia da pretérita temporada, é tempo de dar os parabéns aos jogadores da terra dos bravos, mormente com um abraço especial ao seu treinador, Rui Fonseca, que se viu com a equipa nas mãos há poucos meses, e que soube suprimir carências de forma eficaz, motivando sempre o grupo, num crescimento que se foi verificando até ao último minuto da derradeira partida. De parabéns está também toda a massa dirigente da nóvel formação, que tem sabido gerí-la com o rigor possível destes tempos conturbados e desta realidade desportiva regional onde ao surrealismo se vão sobrepondo os títulos...

 

Para marcar a data, aqui fica a peça desta manhã - na Antena 1/Açores - relatando o feito com as declarações do treinador campeão (mais um da ilha Terceira). Parabéns, Rui! 

 

01.Jun.11

Terceira pode ser campeão...

A equipa de Rui Fonseca já está na Liga, mas...

Foto: Rodrigo Bento/D.I.

 

O Terceira Basket e o Barcelos vão decidir esta noite (pelas 20h00, naquela cidade nortenha) quem será o vencedor da Proliga de Basquetebol 2010/11. Empatadas a duas vitórias, as formações jogam assim a "negra", tendo ambas já assegurado a presença no campeonato da Liga Portuguesa para a próxima temporada.
Pelas bandas do Terceira Basket, sem dúvida uma equipa que foi crescendo com a época, a confiança é plena, e pode bem exprimir-se pelos recentes desempenhos em casa, após duas derrotas fora com os homens de Barcelos, novamente a provar que os orientados por Rui Fonseca se conseguem superar quando sob pressão. Foi assim em quase toda a temporada, foi assim na dsputa local com o AngraBasket, esperemos que assim seja logo à noite em Barcelos.

Depois do Lusitânia ter ganho a Proliga na época passada, desígnio que garantiu a sua subida e a posterior permanência no escalão máximo da modalidade, a nossa ilha terá agora dois inéditos representantes naquela competição. Muitos dirão que é demais, outros afirmarão que é prova de uma política desportiva de esmero, eu alinho pelo meio. Pondo mesmo em causa a subsídio-dependência de todas essas formações e o real valor que cada presença em alta competição traz aos Açores.

Mas com isso posto de lado por hoje, acredito que o meu amigo Rui Fonseca não se irá dar por vencido, motivando sempre os seus jogadores, rumo a um título que nos orgulhará. Assim o espero, e daqui segue o desejo pleno de muita sorte e de um grande jogo por terras de Gil Vicente... Força, Terceira!

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