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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

31.Jul.06

A história repete-se?...

Ben Jonhson, o canadiano que chegou a ser o mais rápido do Mundo. Banido por doping nos anos 90.Justin Gatlin: o mais rápido homem da actualidade. Banido por doping.

Em 1988 (Jogos Olímpicos de Seul) o mundo do Atletismo ficou estupefacto. Primeiro pela superioridade mostrada por Ben Jonhson (já Campeão do Mundo em Roma'86) na Final dos 100 metros (9.79 e novo recorde mundial), e depois ao saber do envolvimento do canadiano com as substâncias dopantes. Os esteróides que poderão ter dado a "Ben" a velocidade estonteante dessa época acabaram por lhe destruir a carreira e quase a vida. Esteve suspenso, foi preso por desacatos, e ainda regressou na década de 90, mas sem passar de um atleta de segundo pelotão...

Quase 20 anos passados o norte-americano Justin Gatlin, campeão olímpico e mundial dos 100 metros, viu-se banido do Atletismo para sempre. A contra-análise, que se seguiu ao controlo positivo (testosterona) detectado a 22 de Abril, repetiu idêntico desfecho.  O homem mais rápido dos últimos anos não regressará às pistas.
O treinador do atleta, Trevor Graham, garante que o seu discípulo foi vítima de sabotagem, e diz mesmo saber de onde ela partiu.
Todas as marcas obtidas desde 22 de Abril por Gatiln vão ser anuladas incluindo o suposto recorde mundial dos 100 metros (9.76).

Seja como for, e sem saber o desenvolvimento que o caso "Gatlin" poderá ainda ter, posso deixar no ar a possibilidade de a história se repetir. Depois da morte de Florence Grifith-Joyner (a colossal raínha da velocidade nos anos 80...), supostamente com um problema causado pelas substâncias que tomou durante vários anos, e passados os recentes casos de Marion Jones (entretanto regressada) e do seu marido Tim Montgomery (que abandonou as pistas), fica sempre um amargo de boca e uma falta de crença na legalidade das vidas e marcas destes atletas fabulosos...mas que nos enganam e se enganam a eles próprios.

31.Jul.06

Ao longe...

Foi ontem a festa da apresentação do plantel 2006/2007 do Futebol Clube do Porto. Um auto-golo da A.S.Roma, muita cor e esperança em novos títulos (há que se esqueça que a "dobradinha" foi azul e branca novamente...) marcaram o final da tarde no Estádio do Dragão...

A foto de família do Futebol Clube do Porto 2006/2007. Allez, Porto, allez...

Em seis anos foi a primeira vez que não fômos.

31.Jul.06

Higrómetro.

Com os raios UV a baterem recordes e a temperatura a aumentar (pelo menos na Terceira...) estamos a atingir o ponto de ruptura entre a paciência matinal e a transpiração geral. Podem discordar, mas isto (hoje) está duro...
28.Jul.06

Uma música para o dia 28 de Julho de 2006.

Cavalo à Solta (Fernando Tordo/José Carlos Ary dos Santos)

Minha laranja amarga e doce meu poema
feito de gomos de saudade minha pena
pesada e leve secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.

Minha ousadia meu galope minha rédea
meu potro doido minha chama minha réstia
de luz intensa de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.

Em ti respiro em ti eu provo
por ti consigo esta força que de novo
em ti persigo em ti percorro
cavalo à solta pela margem do teu corpo.

Minha alegria minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.

Por isso digo canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.

Meu desafio minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.

Para ouvir aqui.

27.Jul.06

Há 60 anos: Primeiros VW Carocha entregues.

O histórico e apaixonante "Carro do Povo"...

A Volkswagen está a celebrar um aniversário importante: Há exactamente 60 anos, os concessionários alemães Gottfried Schultz (Essen) e Raffay & Co. (Hamburgo) receberam os 9 primeiros "Carocha".

O sucesso do Carocha começou em pequena escala: oito carros foram entregues ao concessionário Gottfried Schultz a 17 e 23 de Julho de 1946, e um carro no bairro de Altona, em Hamburgo, onde a Raffay & Co tinha uma concessão, a 22 de Julho de 1946.
Entre 1945 e 1949 a empresa Volkswagen esteve sob administração do Exército Inglês, o qual atribuiu à fábrica de Wolfsburg, ainda muito marcada pela destruição, a primeira encomenda para a produção de 20 000 carros, em Agosto de 1945. De referir que nessa altura a fábrica da Volkswagen só entregava veículos às autoridades Aliadas.
A inglesa “Highway and Highway Transport Branch” nomeou a 11 de Junho de 1946 a empresa Gottfried Schultz em Essen “Distribuidor principal para a Província do Norte do Reno”. A Raffay & Co. recebeu idêntica nomeação para a cidade de Hamburgo.
Em Outubro de 1946, o governo militar Inglês aprovou a organização dos concessionários na zona de ocupação, a qual contava com 10 distribuidores principais e 28 concessionários.
A procura tendo crescido rapidamente depois da reforma monetária, a organização comercial cresceu, e a 1 de Janeiro de 1949 a Alemanha ocidental contava com 16 agentes, 31 grossistas, 103 concessionários e 812 oficinas autorizadas. As vendas do Carocha tinham já atingido as 38.666 unidades e confirmavam o sucesso de um modelo que marcaria a história da Volkswagen.
Ainda hoje, os concessionários Gottfried-Schultz e Raffay estão entre os mais importantes de toda a Alemanha.

in: Motores Magazine.

27.Jul.06

"Alma Açoriana" no Casino de Espinho.

Uma bonita foto de Néri Goulart.

O Casino de Espinho apresenta, até final de Agosto, a exposição itinerante “Alma Açoriana – terra de um povo corajoso”. Da autoria de Manuela Sá Carneiro, Néri Goulart, Carlos Pinheiro e Ricardo Medeiros. A mostra estará patente no hall do auditório do Casino de Espinho até final de Agosto.

A colectiva é um elogio à coragem do povo açoriano e retrata “o estado de alma desta terra de gente feliz com lágrimas", como referem os autores. Considerado como "um universo geográfico muito próprio e peculiar”, os Açores dão o mote à exposição que mostra “a luta constante do Homem pela adaptação às condições adversas da Natureza”.

 

27.Jul.06

Pauleta alerta para vícios perigosos e maus hábitos.

Pauleta, de mãos dadas com os programas oficiais de luta contra os maus hábitos...

O secretário regional dos Assuntos sociais presidiu esta manhã, em Ponta Delgada, à sessão de lançamento da campanha “Vicia-te na Vida”, uma nova iniciativa do executivo açoriano destinada a fomentar a prática de estilos de vida saudáveis, e dirigida, em particular, aos mais jovens.

Domingos Cunha afirmou, na ocasião, que a campanha, inserida no Programa Regional de Prevenção do Mau Uso e Abuso de Substâncias Psicoactivas/Droga, pretende sublinhar o controlo e a redução de factores que levem à dependência e amplificar aqueles que protejam os indivíduos dos consumos.

O slogan que dá nome à iniciativa foi escolhido num concurso alargado a todas as escolas secundárias da Região, e que contou com cerca de 70 participações, saindo vencedora a aluna Marília Ferreira, da Escola Secundária da Ribeira Grande.

Na apresentação da campanha, que contou com a presença do internacional açoriano Pauleta, o secretário dos Assuntos Sociais agradeceu a colaboração do avançado que mais golos marcou ao serviço da Selecção Portuguesa de Futebol, destacando a forma “preciosa e desinteressada” com que desde a primeira hora abraçou a iniciativa.

O governante anunciou outras acções de combate às toxicodependências, como a realização de maratonas de fotografia em S. Miguel e na Terceira, o Rover do Corpo Nacional Escutas nas Flores e Corvo, o Festival de Vela Ligeira no Faial, o Juverock no Pico e a Semana da Juventude, em Santa Maria.

O governante participou, depois, numa das actividades da campanha, o “Encontro com Pauleta”, na Casa de Saúde de S. Miguel, que culminou com entrega de bolas de futebol autografadas por Pedro Pauleta.

 

27.Jul.06

Festas da Guarita'2006.

O cartaz colorido das Festas da Guarita deste ano...

Desde o passado fim-de-semana estão a realizar-se as tradicionais Festas do Império dos Inocentes da Guarita. Depois da Mudança de Coroa, no Domingo dia 23, a semana foi dedicada, até ontem, à cerimónia do Terço, sendo que hoje se vão realizar o Pezinho (com os cantadores João Ângelo, Eliseu, Mota e Retornado), bem como a Ceia dos Criadores, a que se seguirá a graça da Cantoria.

Amanhã à noite haverá a actuação do Grupo Musical “Amêndoa Doce”, já depois de se ter procedido à distribuição de carne. Sábado, serão os “Pop Time Band” a animar a festa, e no Domingo, a partir das 11 horas, vão começar a juntar-se as crianças junto ao Império, ao que se seguirá a Missa da Coroação. A festa lúdica continuará à noite (22h00) com a aguardada reaparição dos “Los Gosmanos”, uma banda que fez furor no final dos anos 90 e que se voltou a juntar expressamente para este evento. De seguida será feita a extracção dos pelouros e nomeada a Comissão para 2007.

Segunda-Feira (dia 31) é tempo de Bodo de Leite, e à noite a atracção chama-se “Grupo Folclórico das Lajes", seguido de Porco no espeto. Os “Só Fórró” animam a festa na Terça-feira, a última noite de palco das Festas da Guarita deste ano. No Sábado, pelas 12h00, haverá excursão ao tentadero de Humberto Filipe, o ganadero da Tourada à Corda que se vai iniciar pelas 18h30, e que se espera proporcione, como sempre, bons momentos de emoção e convívio.

A Comissão deste ano, formada por Paulo Bettencourt, Marco Sousa, Steven Vieira, Miguel Borba e José Leonardo trabalhou durante vários meses para manter uma tradição que, na zona da Guarita, tem andado nas mãos de pais e filhos, e sempre com o grande apoio de muitos dos moradores e suas famílias.

 

26.Jul.06

Good Luck, Benni.

Benni McCarthy.

E desta foi mesmo. Benni McCarthy já não é jogador do Futebol Clube do Porto. O temperamental avançado sul-africano vai passar a alinhar pelo Blackburn Rovers, clube da Preimier League inglesa. Na hora da despedida, Benni referiu-se com carinho à cidade invicta que, prometeu, nunca esquecerá.

Sempre fui um grande fã da explosão e técnica superiores de McCarthy ("Mácárti", em portista presidencial...), especialmente aquando da sua primeira aparição nas Antas, ainda emprestado pelo Celta de Vigo. Os raides mortais, os remates em força e sem preparação e os habilidosos desvios fizeram dele um dos mais amados nas hostes do Dragão. Mas também o seu feitio difícil provocou o contrário. Não esquecerei as noites em que McCarthy vulgarizou as defesas do Manchester United ou do Chelsea. Nem o golo derradeiro da Liga 2003/2004 frente ao Paços de Ferreira, uma "bicicleta" monumental à entrada da área...

Fica o cântico:

"Ei, Benni McCarthy...Uhh! Ahh!

Faz um gooooooooool...lalalalala...!"

26.Jul.06

Ó Gente da cidade e das Festas... (crónica)

Angra do Heroísmo: Burgo quinhentista. Cidade Património Mundial...

Têm recentemente surgido opiniões, e atentem os mais bairristas (se é que assim aceitam que os designe…), pondo em causa o espírito festivo dos terceirenses. Nomeadamente, e como não poderia deixar de ser, dadas as comparações que se vão fazendo da ilha lilás face à “febre” de festividades que retumba na Ilha do Arcanjo, com especial incidência na maior cidade do arquipélago que, em olhar largo, parece sedenta de recuperar anos de “atraso” e se abalança a, muito rapidamente, ficar com anos de “avanço” na matéria. Mas Ponta Delgada, mais do que isso, prima pela inovação e pelo aproveitamento da imaginação dos seus criadores. Ou não pensem que todas as iniciativas saem de ofícios e gabinetes.

         Esta introdução pode parecer crítica ao que se vai dizendo mas não é. Pode também parecer de inveja, mas isso então muito menos. Acho que é perfeitamente aceitável que alguém que nunca saiu de casa para dançar desate, de repente a fazê-lo de manhã à noite. Como tal a parafernália de festas e cortejos que se fazem para os lados do Campo de São Francisco a mim nada incomoda. Ainda há dias por lá andei e achei bem agradável o convívio. E faz bem às pessoas esse convívio, desde que salutar e, acima de tudo, se as fizer ganhar mais que o puro ócio. E agora sim a justificação para versar este tema: O que é que levamos na alma para casa após cada um destes eventos? Sejam eles o tipo de festas ou cortejos que forem? Que mensagens têm eles para fazer passar? Que recordações emanam num futuro mais ou menos distante ou, mesmo a calhar, ainda se lembram dos temas e cores de cada um deles?

         Não queria directamente focar as recentes “Sanjoaninas”, sobre as quais quase me escusei a falar na altura porque, de facto, desenvolver actividades para o público em geral é, quase sempre, inglório. Ou porque as pessoas não têm a noção de quanto custa (em todos os sentidos…) pôr festas na rua, ou simplesmente porque há o hábito e o condão de tudo criticar…desde que seja feito! Não é difícil traçar um paralelo com o que está a acontecer em Ponta Delgada, apesar de muitos se esquecerem que as dimensões dos burgos em questão são tudo menos semelhantes. Mas podia aqui recordar a minha permanente irritação de cada vez que alguém (com ou sem responsabilidades políticas…) se referia a Angra como a “Capital Açoriana da Cultura”. Não o era nem o é. Os Açores não têm capital de coisa alguma, e as que havia (de Distrito) eram de outros tempos. Ou então indago por onde andará essa suposta distinção? É que não é isso o importante se de toda a actividade cultural as pessoas (que são servidas com ela – entendendo-a como pública -, mas também a pagam…) não tirarem qualquer ilação ou vejam daí os seus horizontes alargados. Ora isso, vindo de gente que sempre primou por ir e ver mais além, tem toda a lógica. Alargar expectativas de programas festivos, tudo bem. Mas também aumentar o retorno de ensinamentos ou virtudes que daí poderão advir, principalmente.

         E foquei as “Sanjoaninas” por serem a montra maior desta nossa Angra em termos de visibilidade no exterior. Não opinando sobre a divulgação que lhes é devida, pois desses dados não tenho informação, mas sim porque podem constituir o meio privilegiado para valorizar (dentro e fora de portas…) as qualidades e valores da nossa terra. Angra, cidade classificada como Património Mundial da Humanidade, é o maior valor que temos como adquirido. E dele pouco nos temos feito valer. Justiça seja então feita a quem batalhou para que essa realidade existisse. Afinal foi ela a confirmação, por meio de uma entidade mundial, do significado que tem tido esta nossa terra como exportadora de raízes, entreposto de hábitos, e empreendedora (uma qualidade tão em voga nos meios políticos de agora…) na sustentação dessas mesmas raízes e hábitos. Esta Angra que, ao longo dos anos, tem sido “Salgada e Doce”, “Cidade do Mar”, “Cidade taurina” e cantada ao luar…é tudo isso. No seu todo e numa mensagem global de ares próprios e características únicas. Mas que perdem por se verem pouco esclarecidas. Passam-se os anos e a designação “Património Mundial” parece um acréscimo ao “Heroísmo” cunhado por Garrett na Angra sinónimo de pequena baía ou enseada.

         Tirem das gavetas as ideias para mistificar a nossa cultura e valores próprios em conjunto com as vivências diárias. Expliquem a quem passa nas ruas porque se chamam elas assim (a Garoupinha, a Carreira dos Cavalos, o Alto das Covas ou a Guarita…), mas de uma forma acessível e criativa. Aproveitem-se as novas tecnologias para disponibilizar aos menos instruídos o espólio de riquezas que esta nossa baía viu passar. Aliás esta baía, onde anda ela? O que é que está pensado para perpetuar a sua importância para além de uma mega-zona de recreio e lazer? Outra vez só o ócio? Que se pegue nas “Sanjoaninas” e se ensine às pessoas que o facto de existirem não é apenas para lhes encher os olhos e bocas por uns dias, mas porque as festividades têm origens e significados. Porque há toda uma corrente que vem desaguar nos actuais desígnios mas que nem sempre foi feita com o recurso aos fundos comunitários ou aos patrocínios das grandes firmas. Tentem entender, e não deve ser difícil, que até o propalado destino Terceira como meta turística, só tem sentido de promoção se primar pela originalidade. Caso contrário resume-se a uma cópia de outros programas…só que mais caro e, muitas vezes, bem mais mal servido.

         Em suma, e sem ser negativo, não estão mal as coisas assim. Simplesmente não estão…as “coisas” desta gente têm valor próprio. E estão a amarfanhá-las em embalagens cujo conteúdo não condiz. Abram as vistas e façam como os antigos. Se lhes ganhámos o nome, então que usemos também da mesma perseverança. Angra, Património Mundial. Esse sim é um mote de festa. Mas para ser vivido no dia a dia. Até sem precisar de palcos…

 

PS-O título destas linhas destina-se apenas a Angra. Mas sem o mínimo intuito de diminuir as Festas que se fazem na outra cidade terceirense. Simplesmente, e para mim, Angra é ainda a “Cidade” e a Praia (também cidade…) o outro sítio onde também se fazem festas. Que me canso de dizer não são de comparar às “Sanjoaninas”. Completam sim, com crescente qualidade, o colorido ramo que esta terra tem para oferecer aos seus e aos de fora. E aproveitando com mais imaginação os seus recursos…

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