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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

30.Mai.06

Um Poema para o dia 30 de Maio de 2005.

FOI UM DIA DE INÚTEIS AGONIAS (Camilo Pessanha)

Foi um dia de inúteis agonias,
Dia de sol inundado de sol.
Fulgiam nuas as espadas frias.
Dia de sol inundado de sol.

Foi um dia de falsas alegrias:
Dália a esfolhar-se, o seu mole sorriso.
Voltavam os ranchos das romarias.
Dália a esfolhar-se, o seu mole sorriso.

Dia impressível, mais que os outros dias,
Tão lúcido, tão pálido, tão lúcido!
Difuso de teoremas, de teorias.

O dia fútil mais que os outros dias.
Minuete de discretas ironias!
Tão lúcido, tão pálido, tão lúcido!

29.Mai.06

(in)dieta do fim-de-semana...

6ª feira (noite)-Despedida de um Amigo que vai reencaminhar a vida durante uns tempos fora da nossa ilha.

Sábado (tarde)-Almoço na esplanada do Snack Bar Rocha (Porto Judeu).

Sábado (final de tarde/noite dentro/manhã)-Casamento dos meus Amigos Romana e Marco "Brilhante"-Clube Musical Angrense.

Domingo (tarde)- "Churrasquito" de aniversário do Amigo Roberto.

Domingo (final de tarde)- Toiros na Canada Nova de Santa Luzia.

E hoje já fui almoçar os "cavacos" do churrasco de ontem e, daqui a pouco, vou para os toiros do Pico da Urze.

Nota (do autor do blog para ele mesmo...): Não andes a pé esta semana. Não andes...

29.Mai.06

Duas "coisas" de carros...

Primeiro Armindo Araújo perdeu o Rali do "FCP". Ganhou-o na estrada, mas viria a penalizar por avanço no P.A. final (devido a um erro do navegador Miguel Ramalho), entregando, de bandeja, a um Miguel Campos que já levantara a suspeita do EVO 8MR do campeão nacional estar fora das regras. E, mesmo depois de ganhar, ainda veio dizer que a penalização foi premeditada para impedir uma verificação final. Pois claro, iam logo penalizar dez minutos de propósito...e para ficar fora dos 15 primeiros. Sim, sim...

Segunda coisa, e muito mais sentida. A homenagem de Sábado ao meu amigo Carlos Soares foi sentida, participada e comovente. Não podendo estar presente a 100% ( única forma em que sei participar das coisas...), pois tive um casamento de uns amigos que "vendiam" felicidade festa dentro, gravei o texto que escrevi para evocar o acontecimento, que foi depois ouvido pelos presentes. Gostei de me associar a uma lembrança pura e feita de amor. 

26.Mai.06

O Rali com mais "pinta"...

Amanhã, e pela primeira vez nos últimos seis anos, não estarei presente no Rali do F.C. Porto, a terceira prova do Nacional de ralis'2006. Corrido nos arredores de Fafe, outrora (e talvez ainda...) a "catedral" dos ralis portugueses, o rali do clube azul e branco representou sempre a a oportunidade de estar em sítios (embora com outros carros e muito menos gente...) que sempre quis visitar como a zona do Confurco (a célebre passagem terra/asfalto/terra...) ou o salto final da Lameirinha. Aliás se a qualquer adepto dos ralis portugueses falarmos nestes quatro nomes: Montim, Vizo, Lameirinha e Luílhas, a resposta é imediata:-Fafe!

De volta à memória aparecem as imagens do mítico Rali de Portugal/Vinho do Porto e do posterior "Tap". Saudades de um tempo que já passou e que, provavelmente, nunca terá semelhança no que se prevê possa ser o Rali de Portugal "algarvio" que tanto se anuncia.

Mas, e para esta edição do Rali do "FCP", tenho um desejo. Ver o meu amigo Armindo Araújo a vencer pela primeira vez em Fafe, o território de excelência de Fernando Peres, e onde Miguel Campos também não vai vender barata nova derrota. A antevisão da prova pode ser lida aqui, sob a batuta conhecedora do José Bandeira. Ou pela pena certeira do Zé António Marques.

Bom rali!

Nota: As imagens são "fresquinhas" do Shakedown desta manhã. Estão no Ralis Online, do Paulo Homem. Já agora, e se quiserem ver um completo guia do rali, vejam a "obra prima" dos meus caros amigos do Alta Rotação. Esmeraram-se, sim senhor! Está aqui...

26.Mai.06

Memória e amizade…com saudade. (crónica)

As datas têm o valor que lhes queiramos dar e, muito provavelmente, é no dia que se comemora ou recorda alguma coisa que menos se sentirá sobre ela. Não fosse o facto de se proporcionarem homenagens ou outras formas de relembrarmos alguém ou um acontecimento. Falar ou escrever sobre as pessoas que já não estão entre nós tem também um sabor amargo e, quase como obrigação, sentimo-nos inclinados a apenas versar as suas qualidades e as atitudes de valor. Mas o que fazer quando esse alguém tinha um coração do tamanho do mundo e uma amizade para dar e vender ao longo dos anos? Apenas isso, reter as lágrimas e relembrar as imagens e o património construído pela vida. Entre o qual se contam as horas (sempre poucas…) de convívio e os episódios marcantes ou que puxem um sorriso.
O T.A.C.-Terceira Automóvel Clube comemora hoje 31 anos de existência. Junto com essa data passa o 52º aniversário de um dos seus presidentes mais lembrados: O Carlos Soares. O facto por si só seria digno de nota, dado que Presidente e clube partilharam (de 1982 a 1986) uma data festiva. Mas este ano o dia aviva-nos a memória e relembra-nos que o Soares (foi sempre assim que o chamei…) nos deixou faz agora quase meio ano. E deixou-nos de uma forma tão rápida e inesperada que, tal como a ânsia de amizade e vida que ele tinha, muitos nem foram a tempo de se despedir. De lhe dar um abraço sentido. De lhe dizer que, por tudo, tinha valido a pena…
O Carlos Soares foi mais um da já longa galeria de presidentes que teve o clube mas a ele, e inserido no grupo que sempre soube representar, se deve uma quota parte da construção da sede da colectividade, bem como da posterior ampliação, cerca de uma década depois. Mas será talvez o que mais carisma fez passar pela forma como desempenhou o cargo. Não tivesse sido tão sentida a forma como também o abandonou. Muito por que os tempos eram outros. As idades e as solicitações de uma década de 80, onde custava demais fazer fosse o que fosse nesta terra, serão marcos para um conjunto grande de homens e mulheres que lutaram pela sua paixão pelos automóveis. E, como em tantos outros clubes, pela vontade de partilharem uma mesma paixão com o grande público.
Não podia deixar de, dedicando estas simples linhas ao meu saudoso amigo, relembrar alguns dos episódios que, amiúde, me fazem recordá-lo com nostalgia. Desde o T.A.C. que andou com a casa “às costas”, e que se resumia a um conjunto de capas e pastas que visavam levantar organizações, até aos concertos dos meus amigos “Os Sobredotados” onde, já noutra fase, os olhos do Soares brilharam pela prestação do seu filho Miguel. Lembro-me do único rali que ele disputou, que foi o último em que participou o meu Pai (o 1º Rali Sical, em Abril de 1982), pois desistiram na 2ª etapa e, dizia sempre o então estreante navegador: “…logo agora que eu me estava a entender com as notas…”. A ele também se deverá o início do ciclo “Sical” nos ralis da Terceira, pois acolheu e exaltou um novo patrocinador, incentivando a continuidade da parceria. Quem não se recorda da Conferência de Imprensa do Ilha Lilás’86 (patrocinado pelos Chocolates Imperial), realizada numa Câmara Frigorífica da “Fripraia” em jeito de grande encenação. Ou do Circuito “Galp” das Sanjoaninas desse mesmo ano, um evento inovador e que também teve o seu “dedo”. Não deixo de ter presente a faceta de artista, representando com prazer- de preferência em registo cómico-, que mais não fosse uma singela fantasia de Carnaval. Aliás foi com um espírito festivo notório que o Soares contribuiu também para o clube em causa ou para outras instituições. Gostava de pôr as festas de pé e de as organizar a preceito, dividindo-as com quem aparecesse. E o simples gesto de atenção que tivesse, era sentido ou não existiria.
Ainda há uns dias me ligou o meu caro amigo José Silva, da R.T.P., que me perguntou o seguinte: “Ó Miguel, reparei que me chama sempre José Francisco, o que pouca gente faz. Porque é?”. Apenas lhe respondi: “Sabes…na casa do Soares era assim que te chamavam”. E ficou entendida a questão, sendo que ouvi do outro lado: “…pois, o meu rico amigo…”.
O nosso rico amigo Carlos Soares. Que relembramos com a velocidade de uma vida que não nos dá tempo para fazer tudo que ambicionamos. Por realizar ficou o projecto de juntar de novo a dupla número 8 do 1º “Sical” para uma participação esporádica noutro rali, não ficando por fazer a homenagem devida e de vontade que o clube dedica ao seu antigo dirigente. A sala de visitas do T.A.C. vai passar a ter o seu nome e a sua presença em alma da sua pessoa far-se-á assim de forma efectiva. E foi se calhar em nome de muitos sócios anónimos, de um clube e da vida, que me atrevi hoje a alinhar estas palavras com saudade. Saudade do tal tempo que não volta. E de um amigo de olhar terno e abraço sincero. Que, espero, esteja em Paz.

24.Mai.06

Uma estrada em "alta"...

Vou, daqui a pouco, para uma conferência de imprensa, promovida pelo PSD-Terceira. O assunto em causa será a Estrada Regional Angra/Praia (ou Praia/Angra, conforme a viagem...) e, presumo eu, a sua polémica re-asfaltagem. Polémica como têm sido todas as anteriores. É que, com o aumento incessante de carros e tráfego automóvel na Terceira, a tendência é para uma mais rápida degradação das estradas. No tocante à sua recuperação a evolução tem sido ao contrário...e repetem-se as camadas sucessivas de asfalto por cima da estrada destruída. No caso da Regional em questão, a altura em relação à valeta cresceu tanto nas últimas duas décadas que prevejo, daqui por 40 anos, portas sem abrir ou janelas meio-tapadas...
24.Mai.06

Um Poema para o dia 24 de Maio de 2006.

SOLIDÃO (Pedro Homem de Mello)

Ó solidão! À noite, quando, estranho,
Vagueio sem destino, pelas ruas,
O mar todo é de pedra... E continuas.
Todo o vento é poeira... E continuas.
A Lua, fria, pesa... E continuas.
Uma hora passa e outra... E continuas.
Nas minhas mãos vazias continuas,
No meu sexo indomável continuas,
Na minha branca insónia continuas,
Paro como quem foge. E continuas.
Chamo por toda a gente. E continuas.
Ninguém me ouve. Ninguém! E continuas.
Invento um verso... E rasgo-o. E continuas.
Eterna, continuas...
Mas sei por fim que sou do teu tamanho!

24.Mai.06

Cocaína "à solta" na Terceira...

O assunto foi veiculado com estrondo na Comunicação Social de ontem e, quer parecer-me, com mais estrondo que assunto...senão vejamos:

Citação: "O preço do grama de cocaína desceu nos mercados da Terceira e Graciosa pelo menos noventa por cento.
Desde há cerca de dois meses que o grama é vendido nos circuitos habituais a cerca de 40 euros, quando antes deste “saldo” o custo habitual oscilava entre 400 e 500 euros por grama.
São também relatados casos de venda de cocaína ao copo (copos de plástico habitualmente utilizados para vender cerveja), por vinte euros cada unidade.
No primeiro caso – venda a 40 euros –, trata-se do mercado a funcionar face a uma enchente de produto nas duas ilhas, enquanto que no segundo caso, segundo as nossas fontes, estar-se-á perante pessoas que não conhecem o valor da “coca” no mercado."

Comentário ao artigo do D.I. : Não sei onde foram buscar estes preços, mas as versões rádio e papel da notícia não foram unânimes nos valores.

Citação: "Segundo as nossas fontes, a ilha Terceira terá sido inundada com cerca de 150 quilos de cocaína que terá dado à costa e não terá sido entregue às autoridades.
Na Graciosa estarão “à solta” cerca de noventa quilos da mesma proveniência.
Era hábito as pessoas recolherem a droga que dá à costa e entregarem-na às autoridades, mas o conhecimento do valor do “produto” terá incentivado alguns “achadores” à procura de clientes para os achados."

Comentário ao artigo do D.I. : Como é que podem afirmar isto e baseado em que fontes? Tentaram delatar alguém? Não entendo...

Citação: "As nossas fontes garantem que na Terceira e na Graciosa não há consumidores que cheguem para tanta droga. O caso mais grave é a Graciosa, que apenas tem quatro mil habitantes e poucos consumidores.
As fontes que nos forneceram informações estão convencidas que o produto está a circular para outras ilhas, particularmente para S. Miguel, onda a “coca” atinge valores apetecíveis devido a apreensões sucessivas registadas nos últimos meses.
É também provável, adiantaram, que o mercado continental esteja a receber droga açoriana, uma vez que o preço de 100 euros por grama praticado nas ruas de Lisboa é interessante para quem recebe droga de graça, trazida pelas ondas.
Ainda de acordo com as nossas fontes, muita da droga que tem dado à costa pode nem sequer estar disponível, permanecendo armazenada até que o mercado estabilize e os preços voltem a normalizar.
Segundo peritos, só uma apreensão significativa pode agora fazer subir os preços."

Comentário ao artigo do D.I. : Estará a comunicação social interessada realmente numa apreensão? Ou é melhor ter assunto amiúde para uns títulos bombásticos?...

23.Mai.06

Apartamento.

Uma forma encontrada pelos promotores imobiliários de pouparem dinheiro. E de os incautos se imiscuirem, sem retorno, nos vastos mundos da evolução e da modernidade...

Lá dizia um bom amigo meu: "Hei-de ter uma casa minha quando o que estiver debaixo do chão dela também for meu...". Acho que ele agora tem um apartamento.

23.Mai.06

Paixão.

Mais que um antigo sucesso dos "Heróis do Mar" é uma coisa que vamos vivendo todos os dias. Em busca de uma perfeição que nunca existe, mas que está mesmo ali à frente...
22.Mai.06

Dois breves comentários a Petit...

O médio Petit desmistificou hoje a fama de ser um futebolista excessivamente duro e considerou que há piores nesse aspecto."Há jogadores que dão mais porrada do que eu, mas falam muito de mim e desse aspecto porque jogo num grande", frisou o médio, que conta 34 internacionalizações "AA", acrescentando: "Não me importo com o que dizem, pois tenho as costas largas".

Comentário: Pois, pois. E canelas duras também...

Segundo Petit, nascido há 29 anos na cidade do Porto, a sua forma de jogar foi sempre a mesma: "Já jogava desta forma no Boavista, estive no Mundial'2002 e não vi qualquer cartão amarelo".

Comentário: e assim vai vingando o epíteto "Caceteiro do Bessa"...

22.Mai.06

Diego: o "quase" 10 do FCP...

Diego saiu do Futebol Clube do Porto. Vai para o Werder Bremen, da Alemanha 

Provavelmente triste por não ter demonstrado as suas qualidades. Provavelemente deixando a dúvida entre (alguns, não que eu...) os adeptos sobre essas mesmas qualidades. Provavelmente novo demais para saber que também não valem somente as qualidades... Mas que foi, foi.

22.Mai.06

As explicações de Mr. Adriaanse.

Contido e inteligente, mas sem "esconder" o jogo. A entrevista de Co Adriaanse a "O JOGO" de hoje revela o lado que os adeptos não tiveram quase tempo de conhecer. Principalmente os que, tal como eu, o quiseram crucuficar logo ao início. As explicações são óbvias e eloquentes e, vindas de quem ganhou dois títulos entrando às cegas no futebol luso, demonstram o carácter e o profissionalismo do "mister" holandês. Só não lhe perdoo a saída de Jorge Costa. E continuo a achar que Diego tinha espaço no F.C. Porto...além de que faz anos no mesmo dia que eu!
22.Mai.06

Curto resumo do Festival Taurino.

A época taurina açoriana de praça começou oficialmente ontem. O Festival dos Forcados da Tertúlia Tauromáquica Terceirense foi integrado na Agroter’2006 e incluiu concurso para 6 ganadarias locais. Em praça três cavaleiros e o grupo organizador da festa, num evento que teve uma casa agradável numa tarde com algum sol.

O primeiro na arena da monumental Ilha Terceira tinha ferro “Rego Botelho” e foi lidado sem dificuldades por Carlos Alves. Para a primeira pega o cabo terceirense Adalberto Belerique, acompanhado na formação pelos seus antecessores António Baldaya e João Hermínio. Pegou, bem ajudado, à segunda tentativa.

A seguir correu-se o exemplar da Casa Agrícola José Albino Fernandes que viria a ser o premiado da tarde. Gilberto Filipe brindou a Rui Lopes e teve lide com altos e baixos. Na pega Marco Sousa foi firme na primeira tentativa.

O terceiro da ordem deu início à prova de praticante do jovem Rui Lopes, que alinhou bons pormenores. Frente ao bonito toiro de Ezequiel Rodrigues, Marco Fontes só se fechou à segunda, mas aguentou fortes derrotes laterais.

Depois do intervalo regressou Carlos Alves para uma sequência de ferros limpos, frente a opositor de Francisco Sousa. Jorge Ortins partiu determinado para a cara e lá se firmou na quarta pega da tarde.

O quinto da corrida foi de Humberto Filipe, tendo o cavaleiro Gilberto, e também Filipe, exagerado um pouco no estender do tempo em praça. Mostrando grande forma João Pedro Ávila quase saiu do toiro mas foi bem ajudado, depois de rija luta.

Para terminar, de novo Rui Lopes, talvez na melhor apresentação que teve, e um exemplar de João Quinteiro. Esteve bem o cavaleiro, e muito bem o forcado Leonardo, que se fechou com vontade para terminar a festa.

Em suma uma boa forma de começar a temporada, apenas faltando mais público, num espectáculo que serve sempre para abrir o apetite, pensando nas corridas da Feira de São João.MSA.

Nota: De referir ainda a sentida despedida do forcado Luís Filipe Cunha, um grande companheiro, e o mais antigo membro do grupo da Tertúlia em actividade. Despiu a jaqueta depois de quase duas décadas a defender a arte de pegar toiros. Um grande abraço, Luís!

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