Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

30.Abr.05

CMAH: Costa Neves "sai" na frente...

cneves.JPGCosta Neves foi já apresentado como candidato do PSD à Câmara de Angra. A escolha é sensata e de valor. Mau grado os dois últimos momentos da sua carreira política: a efémera actuação como Ministro e a não-eleição como deputado por Portalegre. A verdade é que Costa Neves tem uma imagem de correcção que passa às gentes e isso é importante num combate que se adivinha movimentado e quente. É certo que foi ele o candidato derrotado em 2001 para a Assembleia Municipal mas, à altura, qualquer pessoa (sem desmerecer Cunha de Oliveira, o eleito) ligada a Sérgio Ávila tinha leivos de vencedor em Angra. Por isso mesmo espero que o PS-Terceira não caia na esparrela de "inventar" um candidato. Devia apenas "limar" a actuação de José Pedro Cardoso, na minha opinião o único capaz de se bater com o candidato laranja, até ao final do corrente mandato.
E, para já, tenho dito sobre as Autárquicas na ilha Lilás.
30.Abr.05

Temperatura.

Está um dia de Verão no Porto. Sol forte e uma brisa leve que ajuda a não esquecer a altura do ano em que estamos. Os portugueses, como sempre, vestem calças escuras e casacos quentes, abotoando as camisas até ao limiar da respiração. As mulheres andam de meias. E nem toda a gente tem este espírito lavado e fresco com que me sinto hoje. Pudera!
Mas está tempo de aproveitar a marcha dos ponteiros do relógio. Diminuindo-a.
29.Abr.05

Coisas de coletes...(2)

Já agora, e aproveitando a "onda" do colete, só pergunto o seguinte: - Quem terão sido os "artistas" que deram azo a esta "febre", lembrando-se de regulamentar coletes para tudo e mais alguma coisa? É que, qualquer dia, quem anda a pé nas cidades, ou quem vende jornais, ou os carteiros, ou até os merceeiros (se ainda os houver...), todos vão andar alegremente de colete fluorescente! Tudo, claro, à luz de uma nova norma criada para vender mais e mais coletes. Vivam os coletes!
29.Abr.05

Coisas de coletes...

colete.jpgSe um dia forem apanhados a mudar o pneu ou coisa do género sem estarem a usar o novo colete (devidamente homologado, carimbado, etc e tal...) digam sempre que não o têm, mesmo que o tenham convosco.
É que a multa por não ter o colete são 60 euros. A multa por não o utilizar (tendo-o) é de 120 euros...
28.Abr.05

Cacifos.

cacifo.jpgPela primeira vez na vida tenho um cacifo só para mim. A promessa já vinha de quando andava aí no 8ºano, mas os fundos da Secundária de Angra destinados a esse fim foram sempre "desviados" para outras áreas. Assim, e já depois dos 30 (!), tenho um pequeno armário num móvel metálico de 12 cacifos da Rall. O meu está na terceira fila do primeiro de três móveis.
Desde sempre imaginei tal espaço com grandes e personalizadas decorações, bem ao estilo "High School" que se vê nos filmes, e porto seguro para segredos pessoais e peças incriminadoras. Nada mais irreal. Não tenho lá perfumes, revistas, sapatilhas ou bilhetinhos...
No meu cacifo, numa das salas de um dos Hospitais (ex-SA e futuro-EPE...ou será que já é?...) deste país, apenas se encontram, por agora, a minha pequena escova de dentes Oral B e um tubo de pasta...azul, por sinal!
27.Abr.05

Da nova TAP...

logotipotap.JPGDesde 2004 que não voava na TAP. Não tinha tido ainda o prazer de "sentir" os novos tarifários, que nos regalam a conta bancária com os módicos 300 euros para ir do Porto às Lajes. Outra inovação que me desgostou foi a ausência dos míticos Toalhetes Refrescantes, dos quais ainda guardo alguns (agora históricos) exemplares.
Mas de pasmar mesmo só a refeição ligeira servida no trajecto Terceira/Lisboa em voo iniciado pelas 21 horas. Costumo ser imaginativo na cozinha, mas duas fatias de pão, com um filete de peixe e uma singela folhinha de alface pelo meio, só em aproveitamento de sobras me tinha ocorrido. Inovações! Melhor só mesmo o repasto do matinal Lisboa/Porto: nem um copinho de água e pronto...
26.Abr.05

Do Norte para as ilhas...

Hoje faria 92 anos o meu Avô Fernando. Gostava muito dele enquanto viveu, fiquei a adorá-lo para sempre. Arquitecto de formação, talvez dos primeiros a laborar na Terceira ainda na primeira metade do século passado, nasceu no Porto mas cedeu aos encantos de uma jovem do (também) Porto Martins -onde hoje ambos repousam - para se fixar na Terceira. Filho do Médico, Ministro e ex-Presidente do Senado do Porto Sousa Júnior (que fizera o trajecto inverso ao nascer na Praia da Vitória mas rumando depois à cidade invicta...), o meu Avô Fernando sempre foi um defensor da liberdade e da apreciação do ser por ele próprio. Foi um dos líderes do PS local no pós-revolução. Julgo ter herdado dele o sentido crítico algo violento, mas nunca igualarei a sua notável capacidade de reter informações e sentidos. Nisso era mestre. Como o foi na sua profissão a espaços. Entrem na Igreja nova dos Biscoitos e apreciem. Pensem no que antes existia na Praça Almeida Garrett em Angra (ao invés do pavor que lá se instalou...) ou no pequeno monumento que evoca o escritor no Jardim Duque da Terceira. No Porto, frente à Sé, foi do seu traço que nasceu o Pelourinho dos anos 40. Muitas casas e inovadoras soluções na Terceira deixou sem ser reconhecido à altura. E acabou por tornar-se professor na Secundária de Angra onde julgo soube encaminhar alguns jovens futuros-arquitectos. Por tudo isso merece ser relembrado.
Por muito mais não sei ainda prender as lágrimas...
26.Abr.05

Um Poema para o dia 26 de Abril de 2005

FUROR DA LÓGICA (Manuel Machado)

Quando em 1932 nasci, nasceu também na casa do lado um outro ser humano que morreu cedo.
Se ele andou para trás como eu andei para a frente, temos necessariamente a mesma idade. E agora só falta encontrarmo-nos para ver qual de nós envelheceu mais depressa.
25.Abr.05

AMO-TE...?

Li há pouco numa revista, julgo que a "DEZ"-do "Record", que Pedro Miguel Ramos já abriu mais um bar da cadeia "AMO-TE". Desta feita em Ponta Delgada-São Miguel e, pasme-se, com o nome "AMO-TE AÇORES"... Será mesmo, ou foi gralha da publicação? Se não, com que direito se limita a abertura de espaços semelhantes nas outras ilhas outorgando para a maior delas a designação de uma região...que até tem nove? Ou será que o nome da cidade não "encaixava" na denominação da cadeia? Pelo amor de deus, haja mais imaginação...ou falta dela!
25.Abr.05

num raio de Rafting

Rafting.JPGOntem estreei-me, com os meus amigos Roberto e Bárbara, numa aventura engraçada e original. Fizemos Rafting no Rio Paiva. Foram 15 quilómetros de amena descida e diversão, entremeados com alguns rápidos de atiçar a adrenalina mais descansada...o que não era o caso! E os mergulhos de ocasião, forçados ou nem tanto, souberam pela vida e fizeram retemperar forças e vontades...
22.Abr.05

Olfacto

Está um fim de tarde daqueles, e talvez porque antecede um fim-de-semana "grande", em que os sentidos tendem a avivar as funções.
O calor (e enquanto escrevia escondeu-se o sol...) é mais do corpo que do ar, mas existe e quer sair. O suspiro, sempre ele, já mostrou as cores duas ou três vezes. A solidão do pensamento supersónico atravessa terras e mares e faz doer. Não sei bem o quê, mas faz doer.
E o cheiro é, ao longe, uma grande mistura de areia molhada e pipocas. Será tempo de festa?
22.Abr.05

Fez (ontem) 20 anos...

SennaPortugal85.JPGO dia 21 de Abril de 2005 marcou o 20º aniversário da primeira vitória do tricampeão mundial Ayrton Senna na Fórmula 1. Foi no Autódromo do Estoril no Grande Prémio de Portugal de 1985.
O dia do GP de Portugal foi chuvoso no Estoril e a corrida disputada com a pista bastante molhada, o que teoricamente favorecia Senna, que tinha conquistado no dia anterior a sua primeira pole position na F1 - e não teria de enfrentar o "chuveirinho" dos outros carros se mantivesse a liderança após a largada - e já era reconhecido como um piloto habilidoso em condições desfavoráveis.
Senna não só largou bem e manteve a primeira posição como abriu grande vantagem já nas primeiras voltas. Enquanto isso, o seu companheiro de equipa na Lotus, Elio de Angelis, Michele Alboreto (Ferrari) e Alain Prost (McLaren) disputavam o segundo lugar. A pista estava em condições tão más que Prost rodou em plena recta das boxes e teve de abandonar a corrida.
Elio De Angelis também teve problemas e Michele Alboreto acabou por ser o único a terminar a prova na mesma volta de Senna, que passava os retardatários com muita facilidade. No fim, a corrida teve de ser encerrada duas voltas antes do previsto devido ao limite de duas horas de duração e Senna acabou com 1min02s de vantagem para Alboreto e uma volta à frente de Patrick Tambay, o terceiro colocado.
Eufórico com a primeira vitória na Fórmula 1, o brasileiro levantou os braços para comemorar a conquista e quase provocou um acidente com Nigel Mansell, que teve de desviar subitamente o seu Williams do Lotus de Senna. Ao chegar às boxes, o brasileiro foi muito festejado pelos mecânicos da Lotus, que não venciam uma prova desde 1982.


20.Abr.05

Um Poema para o dia 20 de Abril de 2005

O PALÁCIO DA VENTURA (Antero de Quental)

Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura!

Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que de súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formosura!

Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas d'ouro, ante meus ais!

Abrem-se as portas d'ouro, com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão - e nada mais!
20.Abr.05

Vontades...

até porque nem sempre somos donos e senhores do caminho. Desse trilho que o destino guarda no castelo da dúvida, fechado a sete chaves - uma para cada dia da semana.
Fazendo-nos por isso rendeiros de uma vontade forte. A de ir contornando os obstáculos até ao sonho alcançado.
Mas que canseira é tudo isso...
20.Abr.05

Um “Sical” rumo à prata… (crónica)

EntrevistaPeresSical2005.JPGNa recente edição do Rali Sical, a 24ª da mais antiga denominação comercial de um rali em Portugal, tive a oportunidade de acompanhar por dentro, e bem de perto, a organização do T.A.C., naquela que foi a prova inaugural do Campeonato de Ralis dos Açores’2005 (é esta a denominação oficial, embora muitos - pilotos incluídos – lhe continuem a chamar “Regional”…). O facto ter ficado toda a prova na sede do clube, onde funcionaram o Secretariado e o Gabinete de Imprensa da mesma, permitiu-me recordar tempos passados e avaliar da desenvoltura e profissionalismo da equipa liderada por Paulo Simões e Gerardo Rosa (rali e clube, respectivamente), onde o amor à camisola e o gosto pela modalidade são por demais evidentes e preciosos. Na estrada o “Sical” foi o que se viu. Uma festa garrida e animada, onde os principais, e não só, concorrentes às vitórias deram o seu melhor, no que foram acompanhados por largas centenas (já se fez algum estudo para saber quantos são os espectadores dos ralis na Terceira?...então que se faça…) de adeptos entusiastas dos ralis, quase todos ordeiros e responsáveis e apenas interessados em ver espectáculo de forma segura. Depois do que se passou no Lilás’2004 pena é que apenas alguns, nos quais se incluem antigos responsáveis por áreas sensíveis aos ralis ou pessoas de algum modo já ligadas à competição, façam por manchar observações que classificam normalmente as provas do T.A.C. com distinção em quase tudo. Revejam, pois, a sua postura.
Ao nível da competição propriamente dita nada se passou que eu não esperasse. Embora, uma vez mais, não me cabendo escrever sobre os ralis da minha terra (será que algum dia o farei?...), estava ciente do que seria a luta pela vitória: uma luta de Fernando Peres pelos recordes das classificativas da ilha Lilás; um esforço inglório de Gustavo Louro para tentar “encostar” o EVO7 ao bólide do portuense; ou verificar que Horácio Franco teria saudades do antigo carro enquanto aguarda nova arma? Tudo isto se confirmou. E até os problemas sentidos pelo campeão em título ajudaram a ampliar a diferença de andamento já aguardada. Com tudo isto a caminhada de Peres foi solitária e eficiente, tendo o actual campeão nacional de Produção (título que não ouvi ser-lhe relacionado no Sábado…) efectuado um rali brilhante e mostrado ser o alvo a abater neste campeonato. Gustavo Louro foi impotente para superar Peres, tal como reconheceu no final, mas as coisas prometem não ficar por aqui pois o actual EVO7 do terceirense se encontra já à venda a nível internacional. Teremos Louro já com nova montada na Ribeira Grande? A segunda prova será marcada pela estreia do EVO8 MR de Horácio Franco, o mesmo acontecendo com Paulo Pereira mas na prova seguinte, o Rali do Faial. O que quer dizer que teremos, nos Açores, um parque de grupo N tão ou mais rico que o que corre o Nacional de Ralis. E isso apenas vem beneficiar uma modalidade que vive os últimos “suspiros” da política publicitária das tabaqueiras, ainda apostadas em fazer render as suas apostas até que a legislação o permita. Assim seja.
Descendo dos lugares do pódio e o “Sical” teve animação até final. Embora com os lugares cimeiros mais ou menos alinhavados para “Licas”, Paulo Pereira (até ao abandono) e Ricardo Moura (mal este último fizesse a “mão” ao EVO5, como se viu…), a luta do dia foi travada pela vitória na Fórmula3 e opôs o Saxo S1600 de Artur Tavares ao menos potente Cup de Carlos Costa. Foi bonito de ver o que fizeram ambos, sendo que Carlos Costa “arrepiou” gente nalgumas zonas! Mais uma boa actuação assinou Ricardo Carmo, ficando na frente do faialense Paulo Silva, e a fechar os dez primeiros, depois de quase não ter alinhado, Marco Veredas vai confirmando o talento que se esperava. Depois destes houve algumas actuações a merecer destaque e, embora não querendo “favorecer” ninguém, achei que, tanto os irmãos Meneses como o micaelense Sandro Andrade, foram daqueles concorrentes a quem uma terceira passagem nos troços iria permitir grandes subidas. Dentro das equipas que melhor conheço fui acompanhando o constante adiar dos treinos de um certo Nissan Micra (a estes ninguém poderá alegar reconhecimentos ilegais…), cujos reabastecimentos gastronómicos foram impedindo mais completas notas de andamento! Em suma foi um rali muito característico daquilo que acontece na Terceira em quase tudo. Há um empenhamento fortíssimo de quem organiza, participa, apoia e assiste. Sendo uma terra de contrastes fortes é-o também na vivência das festas. E um rali é cada vez mais uma delas. Tanto se viram espectadores atentos às reportagens das rádios e às actuações das assistências, como outros que – após um reconhecimento prévio das classificativas – escolheram o melhor local para fazer um enorme churrasco, sobre o qual um dos membros da organização me disse: -Nunca tal se viu… tamanho estendal montado em dia de rali!
Umas breves linhas para o impacto desta prova, até ao nível da comunicação social. Sobre a televisão nada digo, mas não é uma área em que os ralis sejam particularmente bem tratados. Tanto no Continente como nas ilhas. Pode sim realçar-se a qualidade que já se vê em algumas publicações dedicadas à modalidade, em algumas coberturas vídeo destinadas à comercialização. Destaque também para o cuidado de equipas e patrocinadores na apresentação da sua imagem e para a informação em tempo real, na Internet, que uma vez mais correu da melhor forma e até ao final do rali. Aproveito para realçar o ritmo de trabalho do André Frias e do Nuno Cabral, bem na senda do restante grupo que pôs este “Sical” nº24 na estrada. Para quem ainda recorda as emoções do rali recomendo visitas atentas às galerias de www.contratempo.com (de onde retirei a imagem que ilustra este texto) e de www.maisrallye.com, o site do Campeonato dos Açores da modalidade. Quanto ao “Sical” e à Terceira apenas desejo um regresso breve. O primeiro parece ter uma edição de prata já agendada, a segunda estará para breve…no que me diz respeito.
18.Abr.05

Quotidiano

A secretária. O computador. Os atestados, os requerimentos, o calor...

Como ferve a alma ensonada no trabalho.
18.Abr.05

E depois da viagem...

Aeroporto de Lisboa, quase-uma da madrugada...
Acabaram-se os dias agitados e risonhos na Terceira. Nao tenho vontade ainda de escrever sobre a ida. Muito menos sobre o regresso...

Queremos viver na Terceira. Como sempre o fazemos. Juntos.

Pág. 1/2